quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Síndrome do coração partido: 89% dos pacientes são mulheres

“Se se morre de amor? Não, não se morre”, já diria Gonçalves Dias. Mas uma notícia ruim ou uma desilusão amorosa podem provocar uma emoção tão forte capaz de levar a uma condição semelhante à de um ataque cardíaco, sem risco de morte, conhecida por síndrome do coração partido. Estudo mostra que a condição afecta mais pessoas do que o esperado, na grande maioria, as mulheres.

O estudo, realizado por Abhishek Deshmukh, da Universidade de Arkansas, nos EUA, foi feito com base em uma pesquisa norte-americana, que reuniu dados de mil hospitais diferentes por todo o país. Segundo ele, dos quase 6,3 mil casos da doença diagnosticados nas diversas regiões do país durante o ano de 2007, 89% eram mulheres.

Após determinar factores de risco nos pacientes que sofreram da doença – tensão, hábitos tabágicos e sedentarismo –, o pesquisador descobriu que as mulheres pareciam sofrer 7,5 vezes mais que os homens da síndrome do coração partido. Em pessoas com menos de 55 anos, o risco entre as mulheres sobe para 9,5 em comparação aos homens.

Curiosamente, a probabilidade de ser acometido pela síndrome é ainda maior durante o verão – ao contrário da maioria dos ataques de coração, que, geralmente, acontecem no período do inverno.

“Uma possibilidade é que as hormonas sejam responsáveis por essa predominância entre as mulheres, desempenhando um papel na síndrome. Outra, é que os homens têm maisreceptores de adrenalina sobre as células em seus corações do que as mulheres e, talvez por isso, os homens sejam capazes de lidar melhor com o stress.”

A pesquisa também mostra que cerca de 10% das pessoas afectadas têm um segundo episódio da síndrome em algum momento das suas vidas, mas sem danos cardíacos permanentes ou necessidade de acompanhamento. Parece que o tempo é a melhor forma de consertar um “coração partido”.
-com informações de University of Arkansa

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