sábado, 7 de agosto de 2010

GNR Apura a Vigilância de Dia e de Noite

Vieira do Minho. Noite cerrada. A câmara capta dois indivíduos num estradão em meio florestal onde costumam ocorrer incêndios.

Elementos do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA), da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) e do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR interceptam os dois indivíduos. Foi um teste, mas o cenário é real.
A GNR tem estado a vigiar a floresta, nalguns pontos do distrito, com recurso a meios até agora só utilizados na vigilância da orla costeira.
O distrito de Braga é o primeiro local onde este tipo de equipamento - câmaras termográficas que captam níveis de calor - está a ser utilizado num espaço completamente diferente: a floresta.
“Trata-se de usar meios que a Guarda já tem ao serviço da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) e tentar intervir nos locais com determinado histórico de incêndios” explica o chefe da Secção do SEPNA do Comando Territorial de Braga da GNR, Capitão André Costa.
O equipamento ainda está a ser testado e o ‘Correio do Minho’ acompanhou, no terreno, um desses testes que aconteceu, anteontem à noite, no concelho de Vieira do Minho.

Vigilância de longo alcance
A câmara termográfica e outros equipamentos que também estão a ser testados têm uma visibilidade de longo alcance que pode atingir os quilómetros, seja de dia ou de noite. “Ver sem ser visto” é a ‘arma’ da GNR no combate a um crime difícil, como reconhecem as autoridades.
“As pessoas podem ser vigiadas de qualquer ponto sem se aperceberem” afirma o responsável
do SEPNA, que salvaguarda que “não é um sistema intrusivo na privacidade das pessoas”.
Salvaguardando a prova, essencial para punir qualquer crime - e porque as câmaras não identificam directamente as pessoas - o suspeito é acompanhado pela câmara até ao momento em que é interceptado pelos agentes no terreno, “fechando a cadeia de prova” explica o Capitão André Costa.

Previamente, foi feito pelo SEPNA todo um trabalho de análise do histórico e padrão de ocorrências, causas e motivações.

Análise das ocorrências

A aplicação de ‘novos’ meios é o início do fruto desse trabalho num distrito onde o elevado número de ocorrências é histórico, refere o Capitão André Costa, que acrescenta: “sabemos quais são as áreas de fogo que é muitas vezes utilizado como má ferramenta de gestão de combustível”.

O responsável do SEPNA sublinha que “não faz sentido estar a queimar matos no Verão” e explica que, em áreas de declive como as que caracterizam a região o fogo provoca elevada erosão da camada superficial dos solos e que afecta a qualidade dos cursos de água”.

O objectivo é “transportar esta utilização do fogo para a altura adequada, Janeiro a Abril, através do licenciamento das queimadas” acrescenta.
A aplicação destes meios tem mobilizado elementos da UCC, do SEPNA e do GIPS, este último preparado para extinguir uma eventual ignição e apoiar a detenção, logo que ela seja detectada.
Fonte: Correio do Minho

Copiado de: www.bombeirosparasempre.blogspot.com

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