quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Agitação marítima pode voltar dentro de sete dias


Tudo por «culpa» da formação de vários sistemas frontais ao largo do Canadá, segundo o Instituto Hidrográfico

A agitação marítima pode voltar a Portugal continental dentro de sete dias, devido à formação de vários sistemas frontais ao largo do Canadá, disse à Lusa o comandante Santos Martinho, do Instituto Hidrográfico.

Em declarações à agência Lusa, Santos Martinho adiantou que se prevê a diminuição da agitação marítima nos próximos dias, mas a situação pode repetir-se devido à formação de um sistema frontal ao largo do Canadá.

«Prevemos uma diminuição da agitação marítima. Ao longo do dia de hoje a altura significativa das ondas vai descer dos 8 para os 4,5 metros cerca da meia-noite. Quarta-feira desce para os 3 metros e quinta-feira para os dois. Contudo está a formar-se um sistema frontal que ainda se encontra sobre a margem continental do Canadá e Estados Unidos devendo depois deslocar-se para leste», explicou.

Por isso, adiantou, dentro de sete dias pode ou não haver uma situação parecida, consoante as condições que «apanhar pelo caminho».

A agitação marítima provocou na segunda-feira vários estragos em praias do país, dezenas de carros foram arrastados e danificados pelo mar na zona da foz do Douro, o que obrigou as autoridades a efetuar alargamentos sucessivos do perímetro de segurança devido à intensidade das ondas.

Santos Martinho explicou que toda a agitação marítima é gerada pelo vento e, se existirem sistemas frontais que provoquem ventos fortes, vão dar origem a agitação marítima.

«De facto o que se passou ontem [segunda-feira] foi a passagem de um sistema frontal bastante cavado que se deslocou ao longo do Atlântico Norte, a norte da Península Ibérica, que se encontra a norte do Reino Unido», disse.

O comandante explicou que o Instituto Hidrográfico está neste momento a fazer o levantamento através de dados recolhidos das boias de observação, tendo sido registados em Sines uma altura máxima de 14.9 metros, um valor que fica próximo do máximo registado até hoje (15.2, segundo dados do instituto de 1988 até 2008).

«Registámos nas nossas boias de Leixões e Sines alturas máximas da ordem dos 13,5 e, cerca das 21:00, 14,9 metros de altura máxima em Sines. Isto corresponde a um valor perto do máximo alguma vez registado», disse, salientando que o Instituto ainda está a recolher informações que validem os dados.
fonte:TVI24

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