terça-feira, 31 de julho de 2012

INEM defende mexida nos meios do distrito com fraco número de saídas

Segundo dados revelados ao Mensageiro, há ambulâncias no distrito que têm só duas saídas semanais

Só o facto de três dos quatro enfermeiros de Mogadouro que foram fazer o curso do INEM para tripularem ambulâncias de socorro terem chumbado é que atrasou a colocação de um destes veículos em Mogadouro, em detrimento de Miranda do Douro. A única enfermeira aprovada deverá começar a trabalhar em breve, com os técnicos de emergência que operavam em Miranda. Já a ambulância do INEM de Torre de Moncorvo deverá ser transferida para Vila Nova de Foz Côa, onde está situada a Urgência Básica que serve aquela parte do sul do distrito de Bragança. Aliás, uma recomendação governamental, do ano passado, indica que, preferencialmente, as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) deverão estar colocadas junto às urgências básicas, que na área de influência do Nordeste Transmontano se situam em Macedo de Cavaleiros (que a partir de 1 de Outubro deixa de ter helicóptero), Mogadouro e Foz Côa. A outra SIV está colocada em Mirandela, onde ainda funciona, em teoria, uma Urgência Médico-cirúrgica, que o Governo pretende desclassificar para Básica. A intenção já foi expressa em dois estudos encomendados pelo Ministério da Saúde, o último deles conhecido na semana passada mas já datado de Fevereiro. Mas já há cerca de um mês, em entrevista exclusiva ao Mensageiro, Fernando Leal da Costa, o secretário de Estado da Saúde, deixava entender essa desclassificação, dizendo que “as urgências básicas de Macedo e Mirandela não serão encerradas ou desclassificadas”. Ou seja, o secretário de Estado dava mostras de já assumir a urgência de Mirandela como Básica, apesar de ainda estarem a ser cobradas taxas moderadoras como se tivesse as valências de uma Médico-Cirúrgica (que, em boa verdade, nunca saíram do papel, sobretudo ao nível das especialidades necessárias para o seu funcionamento, bem como no número de cirurgiões necessários para o serviço). De acordo com o INEM, em explicações avançadas ao deputado Adão Silva, a que o Mensageiro teve acesso, “o dispositivo de helicópteros de emergência médica irá ter duas configurações: Na fase “Charlie” de combate aos incêndios florestais (de 1 de Julho a 30 de Setembro) o INEM terá à sua disposição quatro helicópteros ligeiros com equipas médicas, em Vila Real, Santa Comba Dão (Viseu), Loures (Lisboa) e Beja ou Loulé (Faro). Nos restantes nove meses do ano (1 de Outubro a de 30 de Junho) o INEM terá à sua disposição cinco helicópteros com equipas médicas.
Fonte.MDB

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