A família da idosa de 81 anos que no último domingo perdeu a sua casa num incêndio, na aldeia de França, em Bragança, quer lançar um peditório para tentar reconstruir parte do que as chamas levaram. Actualmente sem tecto para morar, Clotilde Vieira está em casa de uma filha mas sonha regressar ao que um dia foi seu.
Sem mais nada para além da roupa que trazia no corpo, Clotilde Vieira lamenta a sorte que lhe levou a casa, construída há décadas, e lhe deixou um filho, de 43 anos, em estado grave, na unidade de queimados do hospital de Coimbra.Agora diz que gostava de conseguir reconstruir a casa que lhe ardeu.“Pois gostava, é o que mais peço a Deus, que me dêem uma ajudinha para levantar o meu barraco outra vez, onde criei os meus filhos. Eu não tenho mais nada.”Nos últimos dias tem saltado de casa em casa, de familiares, que também têm poucos recursos para ajudar a matriarca, de 81 anos.
“Nos primeiros dois dias fui para Montesinho, para junto da minha filha, mas a casa era pequena. Como não dava para me terem lá, trouxeram-me para junto da minha outra filha, para ver se ao menos tenho uma malguinha de caldo e uma cama.” Clotilde Vieira recorda que o incêndio tomou conta da habitação muito depressa, depois de se ter iniciado num sofá próximo da lareira. “Estava na rua e vi o fumo já a sair pelo telhado fora. Já vinha a sair o meu filho, todo queimado. Ninguém conseguiu já entrar em casa. As labaredas já saíam pelas janelas”, conta.
Agora, a família pretende lançar um peditório que ajude Clotilde Vieira a recuperar parte da habitação. Alguns amigos já fizeram chegar algumas peças de roupa. No dia 1 também se juntaram cerca de 400 euros na missa, que serão entregues à Junta de Freguesia.
Os responsáveis da Junta ponderam mesmo abrir uma conta para receber os donativos. Para além disso, a família pretende pedir à câmara de Bragança um apartamento no bairro de Fomento da Mãe d’Água, provisório, enquanto decorrerem as obras em casa de Clotilde Vieira.
Entretanto, o seu filho continua internado em Coimbra, em estado grave, com respiração assistida, depois de ter sofrido queimaduras de primeiro e segundo grau, nas mãos, braços e cara.
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