Pessoas expostas à depressão recorrente ou ao stresse crónico têm envelhecimento biológico acelerado. A constatação é de pesquisadores da Universidade Umea, na Suécia. Segundo eles, pacientes com as condições apresentam telômeros mais curtos nas células brancas do sangue.
O telômero é a parte mais externa do cromossoma. Com o aumento da idade, os telômeros encurtam e, de acordo com estudos anteriores, o stresse oxidativo e a inflamação aceleram este processo.
Para testar esta hipótese, a equipa reuniu mais de 90 pessoas com depressão recorrente e quase 450 saudáveis – o grupo controlo. De acordo com os resultados, o comprimento dos telômeros, medido nos glóbulos brancos, é mais curto entre aqueles com depressão em comparação aos do grupo controlo. Os pesquisadores também examinaram a regulação de stresse dos participantes usando o chamado teste de supressão com dexametasona.
“O teste revelou que os níveis de cortisol, indicativos de stresse crónico, estão associados com telômeros mais curtos, tanto naqueles com depressão quanto nos indivíduos saudáveis”, explica Mikael Wikgren, autor do estudo. “O facto de aqueles com depressão terem telômeros mais curtos em comparação aos indivíduos saudáveis pode ser em grande parte explicado pelo facto de que as pessoas deprimidas têm regulação de cortisol problemática em comparação às pessoas saudáveis, o que ressalta que a regulação do cortisol e o stresse desempenham um papel importante nos transtornos depressivos”, conclui.
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