Quem é mais saudável: um sedentário de 20 anos de idade ou um activo senhor de 50 anos? De acordo com pesquisadores noruegueses, alguém que faz actividades físicas na velhice pode ser tão saudável quanto alguém 30 anos mais jovem e que fica o tempo todo no sofá.
A pesquisa, feita por pesquisadores da Faculdade de Medicina do Exercício de Jebsen, demonstrou também que o nível de intensidade de exercícios, nesse caso, é menos determinante para a saúde. O melhor, diz Ulrik Wisloff, principal autor do estudo, é manter-se activo diariamente, especialmente quando se tem mais de 50 anos.
Claro que aumentar a intensidade tem seus benefícios também. De acordo com a pesquisa – que utilizou os dados sobre saúde física de mais de 4.600 homens e mulheres, de idades e classes sociais variadas – os riscos de síndrome metabólica, diabetes tipo 2, AVC e problemas cardíacos diminuem com mais exercícios.
“O condicionamento físico é um dos factores mais importantes para determinar o nível de saúde geral de uma pessoa”, diz Stian Aspenes, outro pesquisador envolvido no estudo. Entre os indivíduos que foram acompanhados, alguns estavam até mesmo fora do peso ideal, mas graças às rotinas de exercícios, os níveis de oxigênio no sangue, por exemplo, estavam acima da média.
Rotina é melhor que intensidade, e duração é o terceiro factor importante nessa equação:
A pesquisa de Wisloff mostrou que a rotina é primordial. Mas a intensidade e o tempo de duração dos exercícios também são, nessa ordem, importantes para uma melhor saúde física. A intensidade, dizem os pesquisadores, aumenta os picos de oxigênio durante os exercícios, e isso é bom para o organismo.
E a melhor forma de aprimorar a rotina de exercícios é introduzir os chamados “treinos intervalados”, ou seja, fazer exercícios intensos seguidos de descanso e novamente pequenos períodos intensos de atividade.
“Mesmo pessoas activas na juventude precisam manter uma rotina de actividades para poder se beneficiar dos resultados. Exercício não é uma caderneta de poupança num banco: nunca há o suficiente para se poder parar”, finalizam os pesquisadores.
-com informações da Medicine & Science in Sports & Exercise
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