quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um morto nas obras do IP2

É a primeira morte registada nas obras das grandes estradas que estão em construção no distrito de Bragança.
Um trabalhador da Mota-Engil foi hoje esmagado por uma máquina de rastos nas obras do IP2 junto a Vila Flor.
O acidente de trabalho ocorreu ao final da manhã desta quarta-feira em Lodões, na zona da Vilariça.
No local estavam a ser descarregadas terras para enchimento de zonas com maior profundidade, de forma a nivelar a via.
A vítima, de 52 anos e oriunda de Cabeceiras de Basto, terá sido colhida por uma máquina que fazia a remoção das terras.
“Havia um camião a descarregar terras e havia uma máquina que as removia para depois encher o sitio onde vai ficar a estrada” explica António Martins, comandante dos bombeiros de Vila Flor, acrescentando que “o homem estaria no local para indicar a manobra ao camião”. Não se sabe porque razão “o homem se deixa apanhar pela máquina que passou por cima do homem” afirma. “Da cinta para baixo, estava completamente defeito” descreve o comandante dos bombeiros.
O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela para ser autopsiado.
A GNR, que tomou conta da ocorrência participou o acidente à Autoridade para as Condições de Trabalho.
Mas entretanto, a Mota-Engil, concessionária da obra também já comunicou o sucedido àquela entidade.
Fonte da empresa disse à Brigantia que vai ser levantado um inquérito para averiguar as circunstâncias em que ocorreu o acidente.
Um processo que vai ser levado a cabo juntamente com as entidades competentes para o efeito e que deverá estar concluído no prazo máximo de 30 dias.
Só depois de concluído o inquérito é que se poderá ter a certeza do que esteve na origem da morte deste trabalhador, mas fonte da delegação de Bragança da Autoridade para as Condições de Trabalho adianta que o mais provável é que o trabalhador tenha sido atropelado pela máquina quando esta executava uma manobra de marcha-atrás.
Ao que tudo indica nem o trabalhador nem o motorista se terão apercebido da situação.
A mesma fonte admite que este processo de averiguações não deverá ser complicado de gerir.
O inspector que tomou conta do caso vai agora ouvir algumas testemunhas, nomeadamente outros trabalhadores que se encontravam no local.
Escrito por Brigantia

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