sábado, 31 de agosto de 2013

Maioria dos 50 incendiários detidos está em prisão preventiva

Quatro estão em prisão domiciliária, um foi internado e os restantes estão em liberdade.

Dos cinquenta presumíveis incendiários detidos desde o início deste ano, 28 estão em prisão preventiva e quatro em prisão domiciliária, disse à agência Lusa o responsável da diretoria de Coimbra da Polícia Judiciária.

«A PJ contabiliza já cinquenta detidos, sendo certo que nestes números estão já englobados os três detidos feitos nas últimas 24 horas», disse Rui Almeida.

O responsável pelo Gabinete Permanente de Acompanhamento e Apoio (GPAA) da PJ acrescentou que aos 28 em prisão preventiva, a mais gravosa medida de coação aplicada pelos juízes, juntam-se mais quatro em prisão domiciliária.

O total de detidos não inclui, contudo, os três indivíduos capturados nas últimas 24 horas que estão ainda a ser apresentados às autoridades judiciais e cujas medidas de coação não são ainda conhecidas, referiu.

Do total de detidos, três pessoas encontram-se com Termo de Identidade e Residência (a menos gravosa das medidas de coação), uma sob internamento compulsivo, uma foi julgada em processo sumário e as restantes estão com apresentações às autoridades, revelou.

Questionado pela Lusa sobre se entre os detidos há reincidentes deste ano, Rui Almeida referiu que «alguns dos detidos este ano cometeram mais do que um incêndio este ano».

«Isto é, há indivíduos que foram detidos por incêndios muitos recentes, nos últimos dias do mês de agosto, mas já tinham cometido incêndios nos meses de junho e de julho, sendo certo que nessa altura não se tinha chegado à sua autoria e portanto eles não tinham sido ainda identificados nem detidos», explicou.

«Só depois é que se apurou que além daqueles incêndios próximos que motivaram a sua detenção já este ano eles tinham cometido crimes de incêndio», precisou, acrescentando que são «quase todos esses são que estão em prisão preventiva».

Instado pela Lusa a pronunciar-se sobre o número de mortes de bombeiros este ano [cinco], Rui Almeida considerou tratar-se de «um ano trágico a esse nível», ressalvando, porém, não dispor de dados a esse nível e alegando «ter havido anos mais remotos em que também faleceram bombeiros».

O responsável pelo GPAA da PJ de Coimbra sublinhou ainda a «importante colaboração» que Proteção Civil, Guarda Nacional Republicana, corpos de bombeiros e populares têm prestado à PJ e que tem permitido a esta polícia desenvolver um trabalho que «julga positivo» no que respeita à investigação do crime de incêndio.

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