terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Trás-os-Montes sem avião

Trás-os-Montes pode ficar alguns dias sem ligações aéreas e já a partir de amanhã, dia em que termina o contrato de concessão da carreira Bragança-Vila Real-Lisboa à empresa Aerovip. O Governo já decidiu prorrogá-lo, mas sem o preto no branco o serviço deixa de se fazer já na quinta-feira. O deputado social-democrata eleito por Vila Real espera que a suspensão da carreira aérea ainda possa ser evitada.“O processo de adjudicação ou de prorrogação do contrato está a decorrer em grande ritmo. Nós temos a expectativa que seja possível assinar esse contrato nos próximos dias. Na eventualidade de não ser assinado até quarta-feira, na pior das hipóteses, poderia haver a interrupção do serviço de um ou dois dias” refere Luís Ramos.O deputado explicou que o atraso na prorrogação do contrato com a transportadora aérea se deve apenas a questões de natureza burocrática.“O pagamento destas verbas é incluído no Orçamento de Estado, a sua operacionalização foi feita pelo Presidente da República na última semana de Dezembro e só depois disso é que podia ser feita a cabimentação da verba. Neste caso, como o contrato acabava a 11 é fundamenta, fazer esta cabimentação sem a qual o Ministério da Economia não pode celebrar contratos” afirma. “São questões de natureza burocrática para que o processo seja feito dentro de toda a legalidade” acrescenta. E se pelo ar, a ligação da região de Trás-os-Montes e Alto Douro ao resto do país pode estar eventualmente em risco, pelo menos durante algum tempo, por terra, continua a discussão em torno da auto-estrada do Marão, que inclui o túnel que atravessa a Serra do Marão.O deputado Luís Ramos confirma que Governo e concessionária da obra não chegaram ainda a acordo. Em causa está o montante do fundo de risco que visa compensar a eventual diminuição do volume de tráfego.

“O fundo de risco é uma das partes que está a travar o acordo. É um fundo que visa compensar a exploração por eventuais perdas na procura de tráfego e há aqui alguma necessidade de corrigir as estimativas de procura que estavam definidas” explica, salientando que “há questões que estão a ser discutidas nesta altura e que não foram devidamente acauteladas. O Governo tem tentado encontra uma solução eu seja o mais equilibrada possível e o menos prejudicial para os interesses públicos”.
Escrito por CIR

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