terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Protestos em Valpaços contra encerramento do hospital local

A população de Valpaços invadiu esta manhã as instalações do hospital local.

Várias pessoas forçaram a entrada e exigiram a reabertura da unidade de saúde.

O Hospital de Valpaços, gerido pela Santa Casa da Misericórdia local, encerrou há cerca de um mês, por falta de acordo com a Administração Regional de Saúde Norte.

Em causa estão também os postos de trabalho dos funcionários, que estão impedidos de trabalhar devido às obras a decorrer no edifício do hospital.

A revolta da população de Valpaços levou a que fosse forçada a entrada nas instalações envolventes do hospital e da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços.

Exigem a reabertura do hospital.

“Dá muito jeito às pessoas da freguesias porque não tem possibilidade de se deslocar a outra unidade” argumenta um protestante. “Ainda na quarta-feira fui à urgência a Chaves, o médico lá me consultou mas disse-me que tinha de ir ao médico de família só que tenho de marcar a consulta dois meses antes” queixa-se outro habitante de Valpaços”.

“Se formos a Mirandela ou a Chaves passa-se o dia todo e aqui era um instantinho” refere outra moradora.

O descontentamento passa também pelos cerca de 30 funcionários que após terem gozado férias compulsivamente, depararam-se com as portas fechadas do hospital devido a obras.

Queixam-se de não terem qualquer informação por parte da Santa Casa.

“Nem uma explicação nos dá” afirma uma funcionária, acrescentando que “durante onze anos sempre se fizeram obras e nunca foi preciso fechar o hospital”.

Além disso, diz que “o provedor deixou claro em comunicado e pessoalmente que não nos assumia como funcionários”. “Fomos de ferias forçosamente, comparecemos no final e ele não nos assume e não nos deixa trabalhar” refere.

A Santa Casa da Misericórdia tem uma versão diferente.

“Os funcionários são propriedade da Lusipaços. À medida que vamos abrindo o hospital e precisando de pessoas daremos preferência aos funcionários, dentro do perfil necessário” explica o provedor, acrescentando que na fisioterapia já estão “três funcionários, um enfermeiro e um administrativo que eram da empresa”.

Eugénio Morais espera poder abrir o hospital nos próximos seis meses, mas sem qualquer garantia dos serviços que serão prestados à população.

O presidente da Câmara de Valpaços tentou serenar os ânimos e prometeu que vai reunir hoje com as partes interessadas para ser encontrada uma solução que tenha em conta a manutenção dos postos de trabalho e das valências do próprio hospital.
Fonte RadioBrigantia

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