No acidente de Vidoedo, Bragança, no qual um agricultor ficou debaixo de um tractor, o alerta para os bombeiros foi dado às 12.46 horas, via CODU. Às 12.49 horas, foi accionada a ambulância de suporte básico de vida dos Bombeiros de Bragança. Durante o alerta, foi transmitido pelo CODU que não poderia ser enviada ajuda especializada ou médica, “porque a VMER estava inoperacional”, assegura o comandante dos bombeiros, José Fernandes.
Aquele responsável explicou que foram pedidos cuidados diferenciados assim que o CODU transmitiu a informação do acidente e foi referido que se tratava de um ferido grave. “Nestes casos, sabemos que são situações complicadas. Fizemos o que estava ao nosso alcance, com manobras de reanimação”, acrescentou. O agricultor acabou por morrer devido à gravidade dos ferimentos.
Fonte do INEM disse, ao JN, que, em circunstâncias normais, o CODU, ao receber o pedido, “deveria mandar para o local a VMER de Bragança ou o helicóptero de Macedo de Cavaleiros”. Todavia não foram enviados, “porque estavam ambos inoperacionais, por falta de médico”. A mesma fonte adiantou que os bombeiros terão informado o CODU de que “estavam a cerca de 35 minutos de caminho do hospital de Bragança”, mas José Fernandes não confirma essa informação.
O JN teve acesso a cópia das escalas de serviço dos helicópteros do INEM de Macedo de Cavaleiros e do Porto para este mês. Segundo esse documento, o helicóptero sediado Macedo de Cavaleiros está dado como inoperacional nos dias 7 (ontem), 8, 9, 21, 22 e 30 deste mês. A justificação dessa inoperacionalidade é a falta de médicos.
O mesmo problema verifica-se, neste momento, com o helicóptero do Porto, nos dias 26, 27 e 28 deste mês. O Gabinete de Imprensa do INEM assegura que a escala de Julho “ainda não foi concluída, pelo que não é verdade que já existam dias previstos para estarem inoperacionais”.
A mesma fonte do INEM esclareceu que o acidente com o tractor “provocou lesões incompatíveis com a vida” e que “este não era um caso aconselhado para helitransporte, podendo até ter consequências para o estado da vítima, devido ao tipo de traumatismo que tinha”. Confirma, ainda, que a VMER de Bragança “estava de facto inoperacional”. As VMER funcionam ao abrigo de protocolos entre o INEM e os hospitais.
“Ao hospital, cabe assegurar os recursos humanos necessários para o funcionamento da viatura. São os hospitais que asseguram a contratação dos médicos para prestarem serviço nas VMER”, asssegura a fonte. O Gabinete de Imprensa da unidade de Bragança disse, porém, ao JN, que a VMER era responsabilidade do INEM e não do hospital.
O INEM explicou que “perante este contexto, foi activado para o local um posto de emergência médica dos Bombeiros de Bragança (ambulância do INEM) que chegou ao local rapidamente e procedeu ao transporte da vítima em manobras de suporte básico de vida.
Fonte: Jornal de Notícias
Foto: PFerro
2 comentários:
Senhores do INEM, será necessário que para as coisas correrm é preciso sacrificar mais pessoas?? Será que nem ao verem assim 3 pessoas a morrer, com o apoio do INEM, que não tiveram,consseguem por as mãos na consciencia para por as VMER's e os HELIS a funcionar correctamente??
Será que com as "fortunas" que pagamos de impostos, o estado nao conssegue dar ao Instituto Nacional de Emergência Médica verbas suficientes para formar mais 200 ou 300 medicos e enfermeiros para o INEM?????
Se alguem consseguir responder a estas perguntas agradecia mesmo...
Acho que todos queremos saber as respostas...
Ah e para nao me esquecer claro parabéns a todos os bombeiros de Portugal, pois fazem cada vez mais um papel FUNDAMENTAL no socorro...
Podemos mesmo afirmar que existem muitos TAS, que metem TAE, Médicos e Enfermeiros num bolso....
ah ah ah, fantastico beto é assim mesmo que se fala!!!
ja agora que osponham tambem nos hospitais a operar e etc...
viva os tas e afins...
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