segunda-feira, 5 de julho de 2010

Bombeiros sem viaturas nem equipamento pessoal

Há muitas corporações de bombeiros com falta de meios de combate aos incêndios. Mais de dois mil carros estão obsoletos e a grande maioria dos bombeiros não dispõe de fardas para combater os fogos florestais. Ontem apesar do calor intenso apenas se registaram pequenos fogos.

Das 9400 viaturas disponíveis para combater fogos "duas mil precisam de substituição urgente", garante o presidente da Li- ga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Duarte Caldeira diz que a substituição "é necessária devi- do à idade e aos custos com as reparações, que são enormes".

Caldeira lembra que em 2008 foram prometidas "95 viaturas", mas estas só devem ser entregues "depois de Setembro", no final da época crítica dos fogos.

As carências estendem-se às fardas de combate às chamas e equipamentos de protecção individual há carências. Os bombeiros continuam sem a totalidade dos equipamentos de protecção individual, prometidos em 2006. Proteger um bombeiro para combater fogos florestais custa 257 euros mas a grande maioria apenas dispõe de T-shirt, dólmen calças e botas normais. Nos fogos continuam a ver-se bombeiros sem luvas e abrigos de emergência. "A farda dos fogos florestais é o fardamento de todos os dias", lamenta um bombeiro da Figueira da Foz. "Uma valente porcaria que não garante segurança".

Apenas estão equipados 5 mil bombeiros "que estão na primeira linha", recorda o presidente da LBP. "Ainda há carências" diz.

Em Vila Real "esse equipamento irá ser distribuído este ano". Meio milhão de euros de investimento para equipar as 27 corporações do distrito, cuja primeira fase de distribuição começa em Outubro. Mas como lembra o bombeiro da Figueira da Foz "o equipamento é distribuído a uma média de 5 pessoas por corporação o que não chega para todos os combatentes". E que vem dar razão às criticas do presidente dos Bombeiros Profissionais que alertou para a falta de equipamentos de protecção individual. "Faltam capacetes, fatos, máscaras e luvas", frisou Fernando Curto.

Desde o início do ano, foram registados pela Protecção Civil 3630 fogos, 201 dos quais no período mais critico.
Fonte: DN
Foto: P.Ferro

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