Traída pelo marido, que levava a amante para uma mata próxima de casa, em Ponte de Sor, a mulher de 24 anos decidiu vingar-se do local do ‘crime’. A 5 de Julho, saiu de casa com fósforos e lançou fogo à zona de eucaliptos onde o homem lhe era infiel. Dez dias depois, e por coincidência, era o irmão da incendiária a atear, no mesmo local e com fósforos, mais três fogos. Juntos destruíram mais de mil hectares de floresta – mas foram anteontem caçados pela Polícia Judiciária, que deteve ainda, em Cinfães, um homem de 36 anos.
A incendiária, cega pelo ódio, provocou um incêndio no sítio próximo de casa onde era traída pelo homem com quem vivia há seis anos. As chamas destruíram quatro hectares de montado de sobro e eucaliptal. Com graves problemas cognitivos e sem trabalho, o irmão de 17 anos chegou à mesma ideia – por outros motivos. E, no dia 15 de Julho, com uma caixa de fósforos, ateou o seu primeiro fogo. Deu início a um rasto de destruição que atingiu o auge no segundo incêndio de que foi autor, três dias depois.
O pirómano – travado pela PJ de Lisboa quando atingia a sensação de impunidade e de prazer pelo fogo – destruiu 1200 hectares e obrigou 700 bombeiros a combaterem as chamas durante dois dias, da zona de Tramaga até à de Galveias, em Ponte de Sor. E, uma semana depois, chateou-se com um primo. Por vingança, ateou o seu terceiro fogo.
Em Cinfães, um homem, alcoólico e desempregado, usou dezenas de velas para atear focos de incêndio na floresta em Santiago de Piães. As chamas alastraram e consumiram uma grande área de mato e floresta. Preso pela PJ do Porto em colaboração com a GNR, disse não se lembrar de quantas velas atirou a arder para a floresta. Os incendiários estavam ontem em tribunal.
Fonte:CM
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