Ministro Paulo Macedo voltou
atrás na utilização de veículos simples para o transporte de
doentes.
O Governo cedeu à principal
reivindicação dos bombeiros e adiou o transporte de doentes através de veículos
simples. O Ministério da Saúde conseguiu assim evitar as ameaças e paralisações
da Liga.
O memorando de entendimento
que, além da saúde, envolve também o Ministério da Administração Interna, foi
assinado esta sexta-feira. Os bombeiros mostram-se agora satisfeitos e falam de
um momento histórico.
De acordo com o documento, até
Junho de 2015 não serão abertos concursos para viaturas simples. Está tudo
suspenso até o grupo de trabalho que agora foi criado chegue a alguma conclusão.
Do grupo de trabalho fazem
parte os Ministérios da Saúde, da Administração Interna e a Liga dos Bombeiros e
só quando todos estiverem de acordo é que as viaturas simples, mais baratas para
o Estado, começam a operar.
Apesar da cedência, Paulo
Macedo garante que não desistiu do seu objectivo: “Não desistimos claramente da
introdução deste tipo de viaturas, aliás pelo contrário. O que eu disse foi que
iriamos analisar com os próprios bombeiros a possibilidade, o interesse e o
tempo de adaptação para uma viatura para este tipo de mercado”, acrescentou.
O Ministério da Saúde sublinha
que vai dar tempo aos bombeiros para que se adaptem às novas regras. O prazo
pode chegar aos três anos, de acordo com o memorando de entendimento.
A “troika” não sabe de nada
Satisfeito com a nova fase que
agora se inicia, o presidente da Liga dos Bombeiros diz que os cortes na despesa
impostos pela “troika” não fazem sentido e até se propôs a dar uma lição a quem
não sabe.
"É bom que isto também fique
claro, porque a ‘troika’ não sabe destas coisas e devia também vir cá tirar um
curso aos bombeiros que nós estaríamos disponíveis para lhe dar uma boa
formação”, afirmou Jaime Soares.
O presidente da Liga dos
Bombeiros volta à mesa das negociações com o Governo. O grupo de trabalho tem um
mandato de dois meses. No final do prazo se verá qual é o discurso dos bombeiros
e se a guerra com o Governo acabou.
Fonte:
RR
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