Um bombeiro com 19 anos de serviço na corporação de Figueiró dos Vinhos morreu na tarde desta quinta-feira depois de ter ido atestar uma viatura de abastecimento de água, disse à Lusa o comandante daquela corporação.
“Perdeu-se um homem de 50 anos, motorista de profissão, que, com orgulho, muitas vezes deixava a sua casa, a família e os filhos, para ir prestar uma função cívica e ajudar a resolver os problemas de quem sofre”, disse à agência Lusa o presidente da Liga.
Para Jaime Marta Soares, “quando morre um bombeiro, morre um grande cidadão de Portugal, morre um homem que tem sentimentos muito nobres de grandeza, de um coração tão grande como o próprio mundo” e, por isso, “a sociedade portuguesa (…) deve curvar-se respeitosamente perante um grande homem que o país perdeu”.
“Não sei se este homem não poderia ter fugido quando se apercebeu do fogo, mas o fogo também é traiçoeiro, é grande perante a pequenez do homem tal é a sua brutalidade”, disse ainda Jaime Marta Soares.
O presidente da Liga reconheceu que, mesmo “os mais experientes e os mais capazes lutam muitas vezes contra armas muito mais poderosas e traiçoeiras e não conseguem evitar a perda de vidas”.
Apesar de não conseguir precisar a idade do bombeiro falecido, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, Joaquim Pinto, indicou à Lusa que o bombeiro tinha 19 anos de serviço naquela corporação.
Joaquim Pinto afirmou que o bombeiro estava sozinho numa viatura de abastecimento de água e, quando já estava a regressar à zona de combate, depois de atestar o depósito do carro, “foi apanhado pelo fogo”, vindo a morrer.
O acidente ocorreu poucos minutos antes das 17 horas na zona de Azeitão, em Figueiró dos Vinhos, precisou o comandante.
Este incêndio, que teve início às 15 horas em Azeitão, mobilizava, três horas depois, 266 operacionais, que combatiam o fogo auxiliados por quatro meios aéreos (dois aviões e dois helicópteros) e 52 veículos, informa a Proteção Civil na sua página oficial.
Fonte: JN
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