Bragança só tem água para cerca de três meses. Quem o diz é o presidente da Câmara. Jorge Nunes sublinha que há mais de uma dúzia de aldeias que estão a ser abastecidas por auto-tanques desde o início do Verão, uma situação que está a diminuir as reservas de água na barragem da Serra Serrada. “É uma situação preocupante. Na parte rural as captações são muito frágeis, as pessoas estão sensibilizadas, mas a verdade é que temos um problema estrutural para resolver e cada vez que chega um ano mais seco a situação agrava-se”, realça o edil. Na óptica de Jorge Nunes a tendência é para haver cada vez menos água. Por isso, insiste que a construção da barragem de Veiguinhas é prioritária. “A tendência é sermos confrontados com secas mais frequentes e mais prolongadas, Daí a necessidade de termos um sistema para abastecer todo o concelho e não só a cidade. Precisamos de uma fonte de armazenamento em Montesinho, é o único local onde há viabilidade técnica e económico para garantir esse armazenamento e distribui-la, de forma integrada, a todo o concelho”, acrescenta Jorge Nunes. De recordar que os ambientalistas avançaram com uma providência cautelar contra Veiguinhas e o processo encontra-se, actualmente, em tribunal. Jorge Nunes garante que a autarquia ainda não foi ouvida sobre esta matéria. Entretanto, a Câmara elaborou um plano de emergência, em que o Azibo é, segundo o autarca, a única alternativa viável. “Não é viável ir a Espanha. Do lado de lá da fronteira há várias barragens, mas as distancias são grandes e a logística é absolutamente inviável”, constata o autarca.
O presidente da Câmara a temer que a seca prolongada deixe Bragança sem água, numa altura em que o Azibo também tem menos água.
Escrito por Brigantia
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