terça-feira, 18 de junho de 2013

Oito bombeiros incriminados por fogo posto em discoteca que matou 242

Oito membros do Corpo de Bombeiros da cidade brasileira de Santa Maria foram incriminados nesta quarta-feira como co-responsáveis pelo incêndio que na madrugada de 27 de Janeiro matou 242 pessoas na discoteca Kiss, naquela localidade do sul do Brasil. Entre eles está o antigo comandante da corporação, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs.

Os oito foram incriminados depois de um longo inquérito polícial-militar, IPM, já que no Brasil os bombeiros fazem parte da Polícia Militar, a força de segurança pública ostensiva. 

A Polícia Civil (Judiciária), já tinha responsabilizado os oito no relatório final da investigação sobre a tragédia, mas como são militares, deixou a incriminação oficial para a corporação a que eles pertencem, o que aconteceu hoje.
Além do tenente-coronel Fuchs, que foi exonerado dias depois da tragédia e agora foi incriminado por “condescendência criminosa”, foram incriminados ainda por “inobservância de lei ou regra” um capitão, dois sargentos e quatro soldados. 

Eles são acusados de, por omissão ou cumplicidade mediante suborno (ainda não ficou claro), terem deixado de fiscalizar as condições de segurança da discoteca, onde os equipamentos de combate a incêndio não funcionaram no momento da tragédia e que tinha centenas de pessoas a mais que a lotação máxima permitida.

COMO TUDO ACONTECEU
O incêndio na Kiss ocorreu cerca das duas e meia da madrugada, quando membros da banda Gurizada Fandangueira” acenderam e ergueram no palco uma tocha, que incendiou um forro de espuma colocado indevidamente no teto pelos donos da casa noturna. 

Os dois sócios da casa e dois dos músicos ficaram presos até ao início do mês, quando a justiça lhes concedeu o direito de aguardarem julgamento em liberdade.
Além das 242 pessoas que morreram, 237 durante a tragédia e cinco ao longo dos últimos meses, quase todas jovens universitários que participavam numa festa da faculdade, mais de 300, ficaram feridas. 

Neste momento, algumas delas ainda permanecem internadas.
fonte:CM

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