terça-feira, 26 de outubro de 2010

Trabalhadores das obras tornaram-se nos "novos vigilantes"

Os milhares de trabalhadores das obras públicas em curso no Distrito de Bragança foram hoje apontados pelo Governo como uma inesperada ajuda no combate aos incêndios florestais durante o verão.
Os "novos vigilantes", que não faziam parte do dispositivo oficial de combate, acabaram por assumir um papel importante na vigilância principalmente na dissuasão e alerta um pouco por todo o Distrito de Bragança.
A "importância" daqueles que trabalham nas novas estradas e barragens do Nordeste Transmontano foi hoje realçada pelo secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, durante uma visita ao Distrito Bragança.
Ao contrário do que aconteceu noutros distritos do Norte, segundo o governante, esta região destaca-se com menos 225 ocorrências, um decréscimo de 32 por cento, e menos 1294 hectares, equivalente a 22 por cento, ardidos do que em 2009.
O secretário de Estado, Vasco Franco, elogiou o trabalho do dispositivo local, num ano com condições meteorológicas adversas, mas soube também pelo governador civil, Jorge Gomes, do outro fator que parece ter contribuído para os resultados.
O governante atribuiu uma "importância grande ao facto de as grandes obras de infraestruturas que estão em curso no Distrito de Bragança levarem a uma movimentação de uns milhares de trabalhadores".
"E essa circulação de pessoas nas várias estradas e caminhos do Distrito acaba por reforçar a vigilância e tornar mais difícil àqueles que querem agir com dolo a sua atuação", considerou.
Além da prevenção e da resposta de ataque inicial do dispositivo oficial, o governador civil, Jorge Gomes, insistiu nesses "novos vigilantes, os cerca de cinco mil trabalhadores que circulam quase 24 horas por dia".
Mesmo que não consigam fazer com que "aqueles que usam o incêndio para fins menos bons" sejam detidos, "pelo menos detectam-nos e dão-nos o alerta e isso é muito importante", disse.
No balanço de 2010, o Distrito de Bragança ficou a menos de um terço das 952 ocorrências do 2005, e a quase um quarto dos 15 mil hectares queimados em 2003, o pior dos últimos anos em área ardida.
Fonte: Lusa Foto:PFerro

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