terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Alterações ao IP4 Gera Polémica

Os agricultores da aldeia de Bragada, no concelho de Bragança, não estão satisfeitos com a solução encontrada para o cruzamento de Vale de Nogueira no IP4.

É que naquele local, o itinerário sobrepõe-se à EN15, e os tractores não vão poder fazer a travessia do cruzamento para aceder a terrenos agrícolas.

As alterações anunciadas na sexta-feira ao cruzamento de Vale de Nogueira no IP4 não colhem grandes simpatias em Bragada.

Os condutores de veículos ligeiros não manifestam grandes queixas pelo facto de serem obrigados a deslocar-se a Quintela de Lampaças para poderem seguir em direcção a Bragança.

Mas os agricultores dizem que vão sair prejudicados.

É o caso de José António Podence, que costuma atravessar aquele cruzamento.

Diz que fica sem alternativa para aceder a terrenos agrícolas.

“Eu vou a Bragança com o tractor a levar cereal e a Rossas a buscar gasóleo” refere. “Vou pela estrada nacional, mas atravesso ali o IP4” explica. “Com esta solução já não posso fazer isso, porque pela via rápida não posso ir, por isso não concordo” salienta.

Também Moreira e Silva critica a solução encontrada. “Por onde passam os tractores?” questiona este habitante de Bragada. “Vamos pelo ar?” ironiza. “Têm de nos arranjar uma asas para os tractores passarem pelo ar” acrescenta. “Se quisermos ir a Vale de Nogueira não podemos passar, por isso é péssimo” considera.

Fernando Podence, membro da junta de freguesia de Quintela de Lampaças alerta que também os autocarros vão ficar condicionados. “Não vão poder cruzar o itinerário para seguir em direcção a Bragança, terão de virar para trás e ir também a Quintela” explica.

Por tudo isto, o presidente da junta, Vitor Costa, vai pedir às entidades uma alternativa.

“Temos de pedir à concessionária ou ao Governo Civil uma alternativa à EN15 e a melhor solução seria uma passagem inferior ou superior” entende o autarca.

Na sequência dos acidentes que se registaram neste cruzamento, a câmara de Bragança fez uma comunicação à Estradas de Portugal.

O presidente considera que o problema poderia ter sido resolvido de outras forma. “A comunicação que fizemos à EP foi no sentido de que deveriam ser criadas condições de segurança mas também de visibilidade” refere Jorge Nunes acrescentando que “se fossem colocados mecos rebatíveis e que permitissem a visibilidade, durante a noite, de quem circula no IP4, para que vem de Bragada, poderia ser uma solução para resolver a travessia do cruzamento”.

A Brigantia procurou ouvir o Governador Civil de Bragança sobre este assunto, mas Jorge Gomes não este disponível.

Escrito por Brigantia


Na minha sincera opinião, será melhor, que ao principio de uma manhã enevoada, com piso molhado e visibilidade reduzida, o madrugador e trabalhador agricultor, pegue no seu tractor agrícola, e se faça ao caminho atravessando uma "via rápida" em plena segurança para ele e para o próximo... nunca aconteceu, mas prevenir é o melhor remédio para não deparar-mos com uma situação destas...Por Paulo Ferro

1 comentário:

india disse...

O problema é que a revolta e polémica foi criada pela comunicação social, em particular pelos órgãos que "fizeram" a notícia... bom senso, exige-se, mas como não se vende na farmácia... continuem com o vosso trabalho. Saudações, com muita admiração, India transmontana