terça-feira, 28 de setembro de 2010

Para todos os Bombeiros

Enfrenta o violento crepitar da labareda,

Liberta-se do fumo sufocante,

Agarra com determinação a agulheta,

Esquece-se de si em cada instante.

Revela-se inconsciente e irresponsável,

Tem família e dela se esqueceu,

Defende um bem que não lhe pertence,

Procura a vida e ninguém o entendeu.

O infortúnio chega sempre antes dele,

É confrontado com a incompreensão,

O egoísmo é rastilho incandescente,

E nem por isso ele sente a solidão.

Exausto, cai por terra,

O fotógrafo registou o cansaço,

O jornal disse que virou as costas à luta,

Mas a sua vontade é de aço.

Ele não quer notoriedade,

Ele rejeita protagonismo,

Ele quer combater para salvar,

Porque sabe dizer ALTROISMO.

O seu rosto ficou negro como carvão,

O suor escavou sulcos no seu rosto inteiro,

Esconde as lágrimas de alguma desilusão,

Porque é HOMEM e também é BOMBEIRO

1 comentário:

Anónimo disse...

quem escreveu???