quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dados da sinistralidade rodoviária ocultam realidade

O porta-voz do grupo pró-Brigada de Trânsito contesta os números da sinistralidade no distrito de Bragança, relativos ao ano de 2009 e divulgados na semana passada.

Além disso critica o Governador Civil considerando que não tem conhecimento da realidade.

José Moreira adianta que as 10 mortes que constam do relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária não são representativas da verdade.

O responsável serve-se de dados do Núcleo de Investigação de Crimes em Acidentes de Viação, da GNR, para revelar que houve mais duas mortes nas estradas do distrito de Bragança, em 2009.

“Quando se diz que até finais de Março tinham ocorrido metade das mortes que aconteceram no ano passado, essa metade teria de ser seis e não cinco, porque no ano passado faleceram 12 pessoas vítimas de acidente de viação” avança.

José Moreira critica as declarações do Governador Civil de Bragança à Brigantia, quando Jorge Gomes diz que as forças de segurança têm aumentando a fiscalização e a presença nas estradas.

“O aumento de fiscalização é uma realidade, mas isso só se retrata ao aumento de autuações” refere. “Este aumento de fiscalização nada tem trazido em benefício da segurança do cidadão automobilizado porque a fiscalização é feita de forma estática” afirma, explicando que “é feita com várias patrulhas que passam quatro ou cinco horas estáticas num determinado local à espera do produto de sai de um radar escondido num qualquer canto do IP”. “Isto não é sinónimo de prevenção para se evitarem acidentes” considera.

De recordar que Jorge Gomes apontou também o dedo aos médicos que passam os atestados para a renovação das cartas de condução, considerando haver algumas falhas nesta matéria.

O porta-voz do grupo pró-Brigada de Trânsito diz que é uma acusação grave.

“Ele até chegou a apontar alguma facilidade na renovação de cartas de condução. Isto é uma acusação muito grave que o Governador Civil faz perante os médicos” considera. “As entidades deviam preocupar-se era em criar condições a pessoas que tiraram a carta de condução há 40 ou 50 anos e que nunca mais foram obrigadas a ter uma aula de código, aí sim devia ser criada uma formação” sugere.

José Moreira entende que esta é uma lacuna com vários anos e que há muita irresponsabilidade das autoridades competentes nesta matéria.
Escrito por Brigantia

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