terça-feira, 26 de abril de 2011

Transporte de doentes não urgentes tem de ser clinicamente justificado

Os doentes que efectivamente apresentem critérios clínicos para serem transportados de forma gratuita, terão direito ao serviço.O Ministério da Saúde e a Liga de Bombeiros Portugueses já chegaram a acordo sobre os critérios para o transporte de doentes não urgentes. O director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) salvaguarda que tem de haver consonância entre o pedido do transporte e o registo no processo clinico do doente que ateste a real necessidade.“Prevalece o critério de necessidade clinica justificada. Se existir um relatório clinico devidamente aferido que respeite os problemas do doente e que seja verdadeiro, ele tem transporte” garante, salientando que “tem de ter provas de que o problema existe realmente, isto é, o médico não pode limitar-se a escrever no pedido de requisição se não o fizer no próprio registo clínico”. Sampaio da Veiga dá exemplos de casos que terão direito ao transporte gratuito.“Um doente com determinada idade, determinados tumores, incapacitados para a marcha que não possam usar transporte público para longas distâncias, é-lhes dada essa oportunidade de transporte através da ambulância” refere. Ou até “doentes com grandes problemas neurológicos e até AVC’s porque ficam com grande incapacidade”. Quanto ao pagamento do serviço de transporte de doentes às corporações de bombeiros do distrito de Bragança, o presidente do conselho de administração do CHNE não sabe especificar o valor em divida, mas Henrique Capelas garante que está a ser feito um esforço para fazer o pagamento em 90 dias. “Nós pagamos, por ano, na ordem dos dois milhões de euros de transportes e apesar da conjuntura actual, temos feito um esforço para pagar em prazos significativamente menores dos que muitas vezes somos obrigados a pagar a outros fornecedores” afirma. “Compreendemos as necessidades e problemas dessas instituições, mas neste momento não é fácil, temos grandes dificuldades de pagamentos, mas em termos médios estamos a pagar na ordem dos 90 dias” garante.
Escrito por Brigantia

1 comentário:

Fênix disse...

Vai ser complicado para os bombeiros essa situação, os calotes vão aumentar a olhos vistos, porque depois de servidos não pagam.