Os doentes que efectivamente apresentem critérios clínicos para serem transportados de forma gratuita, terão direito ao serviço.O Ministério da Saúde e a Liga de Bombeiros Portugueses já chegaram a acordo sobre os critérios para o transporte de doentes não urgentes. O director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) salvaguarda que tem de haver consonância entre o pedido do transporte e o registo no processo clinico do doente que ateste a real necessidade.“Prevalece o critério de necessidade clinica justificada. Se existir um relatório clinico devidamente aferido que respeite os problemas do doente e que seja verdadeiro, ele tem transporte” garante, salientando que “tem de ter provas de que o problema existe realmente, isto é, o médico não pode limitar-se a escrever no pedido de requisição se não o fizer no próprio registo clínico”. Sampaio da Veiga dá exemplos de casos que terão direito ao transporte gratuito.“Um doente com determinada idade, determinados tumores, incapacitados para a marcha que não possam usar transporte público para longas distâncias, é-lhes dada essa oportunidade de transporte através da ambulância” refere. Ou até “doentes com grandes problemas neurológicos e até AVC’s porque ficam com grande incapacidade”. Quanto ao pagamento do serviço de transporte de doentes às corporações de bombeiros do distrito de Bragança, o presidente do conselho de administração do CHNE não sabe especificar o valor em divida, mas Henrique Capelas garante que está a ser feito um esforço para fazer o pagamento em 90 dias. “Nós pagamos, por ano, na ordem dos dois milhões de euros de transportes e apesar da conjuntura actual, temos feito um esforço para pagar em prazos significativamente menores dos que muitas vezes somos obrigados a pagar a outros fornecedores” afirma. “Compreendemos as necessidades e problemas dessas instituições, mas neste momento não é fácil, temos grandes dificuldades de pagamentos, mas em termos médios estamos a pagar na ordem dos 90 dias” garante.
Escrito por Brigantia
1 comentário:
Vai ser complicado para os bombeiros essa situação, os calotes vão aumentar a olhos vistos, porque depois de servidos não pagam.
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