terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mudanças alimentares na adolescência influenciam saúde na fase adulta

Dietacoloridaweb_mediumSeguir uma dieta equilibrada na adolescência, reduzindo a ingestão de gorduras total e saturada e aumentando o consumo de fibras, diminui a probabilidade de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, na vida adulta.

O estudo foi feito com base na avaliação de 230 mulheres, com idade entre 25 e 29 anos, e que nove anos antes participaram do Dietary Intervention Study in Children (DISC). O DISC consistiu numaintervenção na dieta das participantes para reduzir o consumo de gordura a 28% da ingestão calórica diária, aumentando o consumo de frutas, legumes e grãos integrais. O estudo actual pretendeu avaliar os efeitos de tal mudança em longo prazo.

Para isso, a autora Joanne Dorgan, do Fox Chase Cancer Center, nos EUA, e sua equipa coletaram amostras de sangue e mediram a pressão arterial e a composição corporal de cada uma das participantes. Em seguida, eles compararam os níveis de glicose, triglicéridos e colesterol com os de um grupo de controle, que não participou da intervenção.

Intervenção reduziu riscos de síndrome metabólica

Embora os resultados do grupo de controle não tenham evidenciado síndrome metabólica – caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes – ele apresentou uma tendência maior a tal problema do que o grupo que sofreu intervenção.

Segundo os autores, a dieta ocidental é rica em gordura, ácidos saturados e grãos refinados. Estes nutrientes estão directamente relacionados a anormalidades metabólicas que incluem obesidade abdominal, baixos níveis do chamado bom colesterol, aumento da pressão arterial e taxas elevadas de triglicéridos e glicose.

“Esta pesquisa é importante porque sugere que a redução da ingestão de gordura total e saturada e o aumento do consumo de fibras alimentares na infância e adolescência pode ter efeitos benéficos mais tarde, pelo risco crescente de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas”, conclui Joanne.

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