Vícios, fobias e stress pós-traumático são problemas que precisam de tratamentos intensos e que dependem de usar a memória para não fazer determinadas associações. Mas assim que o tratamento acaba a falta de um treino de memória pode fazer que os ganhos se percam.
“Terapeutas têm pouco controlo no contexto fora do consultório”, explica Ralph Miller, autor de um estudo publicado no periódico Current Directions in Psychological Science. “É preciso ter em mente que a memória é o ponto fraco”, completa o pesquisador da Universidade de Nova York, EUA.
Para Miller, é preciso trabalhar as memórias de maneira a substituir, de alguma forma, as antigas lembranças por novas associações. Para gerar isso que é chamado de “extinção de memórias”, diversos estudos sugerem tempos maiores de tratamento psicológico e mesmo terapias que visem a alterar os locais onde ocorrem (mesmo salas diferentes dentro do mesmo escritório), modificando os contextos. Ampliar os intervalos entre as sessões também parece ser uma estratégia eficaz.
Esses métodos ajudam no aprendizado: aumentam a prática e aumentam o poder das memórias que podem se sobrepor aos traumas, por exemplo. “Em geral, achamos que as memórias são para sempre. Mas nosso estudo indica que memórias alternativas podem competir – e vencer – outras memórias mais indesejáveis. O truque está em conseguir fazer que as novas memórias sejam mais fortes do que essas lembranças ruins”, finaliza.
com informações da Current Directions in Psychological Science
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