O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lançou hoje um ultimato ao Governo, garantindo que o não cumprimento de quatro exigências pode levar a uma paralisação nacional na prestação total de serviços, excetuando os de emergência.
"Queremos que o Ministério da Saúde acerte connosco, de imediato, o aumento de preços por quilómetro, de taxa de saída, de utilização de oxigénio e das horas de espera", explicitou Jaime Soares, explicando que estas são quatro áreas fundamentais para garantir a saúde financeira dos bombeiros.
"Os bombeiros são conhecidos por soldados da paz, (...) mas os bombeiros portugueses não têm medo de fazer guerra a quem não lhes permitir manter a paz", avisou, enfatizando que a haver rutura "a responsabilidade será exclusiva do ministério da Saúde".
A rutura, esclareceu, passaria pelo abandono das negociações e posteriormente, admitiu, "à paralisação total da prestação de qualquer serviço, a não ser na emergência aos portugueses", ressalvou.
O conselho executivo da LBP e as federações de bombeiros de todos os distritos reuniram hoje em Pombal para debater a questão do transporte de doentes, mas também para realizarem um balanço sobre as negociações com o Ministério da Saúde, no âmbito do grupo de trabalho criado para o efeito.
O presidente da LBP sublinha que hoje foram discutidos casos dramáticos, de despedimentos de pessoal, venda de ambulâncias, de quartéis que não podem funcionar à noite, que expressam um cenário de "colapso" que as diversas corporações estão a viver.
"De nós depende o bem-estar de milhões de portugueses (...) e, por isso, não podemos, como disse o representante de Évora, permitir que os cidadãos estejam em casa à espera que a morte chegue", sustentou o presidente da LBP.
Fonte:DN
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