segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Autarcas transmontanos querem reintegração de técnicos superiores nos centros de saúde

A Assembleia Distrital de Bragança reivindica a readmissão dos técnicos superiores que foram dispensados do ACES Nordeste.Apesar de alguns profissionais já terem sido reintegrados no início do mês, 20 técnicos ficaram sem trabalho. Em causa estão nove fisioterapeutas, um podologista, dois terapeutas da fala, um cardiopneumologista, três psicólogos, um assistente social, dois médicos dentistas e um nutricionista.Profissionais com formação superior que os autarcas do distrito querem ver readmitidos.Para tal foi aprovada por unanimidade uma moção na última sessão da Assembleia Distrital.A proposta foi apresentada pela presidente da câmara de Alfândega da Fé que defende que estes serviços são indispensáveis nos centros de saúde da região porque para além de servirem melhores os utentes, são mais baratos.“Estes serviços que actualmente estão nos nossos centros de saúde são o futuro porque estamos a prestar serviços de proximidade mais baratos do que se tivéssemos de referenciar estas pessoas para os hospitais” explica, acrescentando que “alguns destes doentes, ao serem vistos nos centros de saúde e evitando a sua referenciação ao nível hospitalar está-se a diminuir os custos do Serviço Nacional de Saúde”.Para demonstrar esta poupança, Berta Nunes dá o exemplo dos podologistas, sem os quais os utentes são obrigados a ir ao Porto.“No Hospital de Santo António, a consulta do pé diabético tem podologistas, ortopedistas, cirurgiões vasculares estamos a gastar muito mais dinheiro numa simples consulta que podia ser feita aqui com médico e enfermeiro de família e o podologista” afirma. “Uma consulta numa equipa do nível hospitalar é muitíssimo mais caro do que num centro de saúde, por isso estaríamos a poupar dinheiro” salienta.A autarca considera que o fim destes serviços nos centros de saúde da região transmontana vai implicar uma regressão na prestação de cuidados.“Se começamos a cortar nos serviços estamos a prejudicar os doentes porque deixam de ter acesso aos cuidados ou têm apenas nos hospitais centrais” refere, considerando que desta forma “estamos a regredir e nós que éramos serviços de ponta ao nível dos cuidados primários vamos voltar àquilo que eramos há meia dúzia de anos atrás e isto não pode acontecer”. A moção vai agora ser enviada ao Ministério da Saúde, à Administração Regional de Saúde do Norte e à Unidade Local de saúde do Nordeste.
Escrito por Brigantia

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