As chamas ainda lavram no sul do distrito de Bragança.Durante a noite os bombeiros não conseguiram controlar o maior incêndio do Norte do país, este ano e a esta hora apresenta três frentes de fogo activas.Foram activados mais grupos de reforço vindos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Lisboa, Leiria, Portalegre, Porto e Setúbal. Já esta manhã foram mobilizados quatro pelotões de militares.A combater as chamas estão mais de 724 homens, apoiados por 169 viaturas e um helicóptero bombardeiro.O fogo já destruiu vários hectares de mato, armazéns e culturas agrícolas e, até, matou animais.No concenho de Mogadouro, por exemplo, os prejuízos são avultados.O vereador da Câmara responsável pela Protecção Civil municipal, João Henriques, diz que o valor dos prejuízos ainda não está quantificado.“Sabemos é que os prejuízos são elevados, tanto em termos de culturas, como edifícios, cortes onde tinham o gado, uma casa também. Há aqui muitos prejuízos, mas ainda não os conseguimos quantificar. A nossa preocupação é que não se ponham em causa vidas. Mais tarde faremos o rescaldo em termos de quantificação de prejuízos”, salienta o autarca. Os prejuízos agrícolas podem atingir mesmo os milhões de euros, com diversos amendoais e olivais atingidos pelas chamas.O director regional de agricultura, Manuel Cardoso, adianta que vai ser feito um levantamento, para depois repor as produções.“Temos prejuízos em áreas florestais e em áreas agrícolas. Nas áreas agrícolas são sobretudos amendoais, olivais, pastos, cereais, apiários. Nós vamos proceder a uma avaliação rigorosa nos próximos dias, em que vamos ter que falar com cada uma das pessoas. Mas são seguramente prejuízos na ordem dos milhões de euros. Arderam armazéns, alfaias agrícolas, animais, de forma que estamos perante uma situação grave”, descreve o responsável.Quanto a apoios, Manuel Cardoso diz que é possível “repor o potencial produtivo”.Ontem ao final da tarde a aldeia de Estevais, concenho de Mogadouro, chegou a ser evacuada por precaução uma vez que as chamas estiveram muito perto da localidade.Mas a intervenção dos meios aéreos acabou por resolver a situação.
Também o IC5 voltou a estar cortado ao trânsito junto a Sardão, mas foi reaberto alguns minutos depois.
Escrito por Brigantia
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