Número de pessoas que está a sair dos corpos de bombeiros por causa da crise e da imigração "é
preocupante", afirma o presidente da Escola Nacional de Bombeiros.
Em plena época de incêndios, a Renascença olha para a formação dos bombeiros portugueses. Que idade podem ter, que diferenças há entre si, como se distinguem e onde e como são formados. E será verdade que a imigração está a esvaziar os quartéis e a criar dificuldades ao recrutamento.
Antes de mais, uma velha questão. Afinal que bombeiros há em Portugal e quantos? José Ferreira, presidente da Escola Nacional de Bombeiros, responde que há 22 mil bombeiros voluntários no activo. Juntando os bombeiros dos quadros de reserva e de honra serão 35 a 37 mil.
Há também algumas centenas de privativos, sobretudo em grandes empresas, e três mil profissionais espalhados por seis unidades de Sapadores, duas dezenas de corpos municipais, mas também - e cada vez mais - integrados nas próprias corporações de voluntários.
A carreira de bombeiro pode começar aos 17 anos, obrigatoriamente com um estágio, refere José Ferreira. Ao contrário do que se possa pensar quando se vêem bombeiros alinhados numa parada, não é necessário ter formação militar. Ajuda, mas não é obrigatório.
José Ferreira explica que, à excepção da escola própria do Regimento de Sapadores de Lisboa, a Escola Nacional de Bombeiros é o local onde são formados todos os outros bombeiros portugueses.
A formação vai, cada vez mais, ao encontro dos bombeiros. “A escola tem formadores próprios, mas existe toda uma bolsa de formação de formadores que estão espalhados pelo país. Nós vamos ministrar o curso, mas os bombeiros não vêm aqui à escola. Temos uma bolsa de formadores de quase mil homens, que vão ministrando a formação em função das necessidades dos corpos de bombeiros”.
Resta saber se a imigração está ou não a ser um problema para as corporações de Bombeiros. José Ferreira reconhece um aumento significativo das saídas, mas também diz que os processos de candidatura estão a ter um número “interessante” de adesões.
“Continua a aparecer um número de bombeiros bastante interessante, mas também é verdade que o número de pessoas que por razões que todos conhecemos está a sair dos corpos de bombeiros é preocupante. Feitas as contas, o número que está a entrar suporta algum rejuvenescimento mas, se calhar, não dá resposta àquilo que é o afastamento por essas razões, mas não tenho números concretos”, afirma o presidente da Escola Nacional de Bombeiros.
Fonte: http://rr.sapo.pt/
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