A época mais crítica em incêndios florestais começa esta segunda-feira e este ano o dispositivo tem entre as novidades os dez grupos de reforço de ataque ampliado (GRUATA) e a participação de reclusos em ações de prevenção e vigilância.
Durante a fase «Charlie» de combate a incêndios florestais, que se prolonga até 30 de setembro, vão estar operacionais 2.172 equipas de diferentes forças envolvidas, 1.976 viaturas e 9.337 elementos, além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).
Até ao final de setembro vão estar também disponíveis 45 meios aéreos, a que se juntam o helicóptero Allouete III e o avião C-295M da Força Aérea Portuguesa, cooperação que este ano vai estar no terreno pela primeira vez.
O DECIF apresenta ainda como novidades dez grupos de reforço de ataque ampliado, denominados GRUATA, a utilização de máquinas de rastos para apoiarem às ações de combate a incêndios florestais e a participação de cerca de mil reclusos em ações de prevenção e vigilância.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais vai custar este ano 78,5 milhões de euros, o que reflete um aumento de quase cinco por cento em relação a 2012.
As corporações de bombeiros também recebem este ano um reforço de verbas de 11 por cento, que totaliza 2,3 milhões de euros em 2013.
O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) refere que mais de 2400 incêndios florestais deflagraram este ano, consumindo 2.700 hectares de floresta, valores «substancialmente inferiores» às médias mensais dos últimos dez anos.
O relatório provisório de incêndios florestais destaca que, entre 01 de janeiro e 15 de junho, se registaram menos 58 por cento de ocorrências de fogo, em relação à média verificada nos últimos dez anos, e que ardeu menos 77 por cento do que o valor médio da área ardida no mesmo período.
O documento do ICNF indica que, até 15 de junho, ocorreram 2.413 ocorrências de fogo, menos 75 por cento do que no mesmo período de 2012, quando já tinham deflagrado 9.962 incêndios florestais.
Os dados provisórios referem também que os incêndios consumiram 2.708 hectares de floresta, menos 92 por cento do que em 2012, quando se registaram 35.805 hectares de área ardida.
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