quinta-feira, 11 de julho de 2013

Chamas dominadas em Alfândega da Fé

Entrada de dois aviões bombardeiros espanhóis reforçou combate às chamas. Torre de Moncorvo viveu momentos de pânico durante a madrugada.

Está dominado, desde as 10h00, o incêndio que devasta mato e floresta desde terça-feira no concelho de Alfândega da Fé, distrito de Bragança.

Esta manhã, dois aviões bombardeiros espanhóis juntaram-se aos restantes meios aéreos e humanos que combatiam o fogo, permitindo um “ataque musculado”, nas palavras do adjunto nacional da Protecção Civil, Marco Martins. 

Por volta das 7h30, o incêndio tinha quatro frentes activas, passando a três pouco depois das 8h00, tendo os bombardeiros espanhóis entrado em acção às 8h23. Às 9h40, já havia duas frentes activas de fogo e as operações de combate decorriam de modo favorável. As chamas foram dadas como dominadas em todo o perímetro às 10h00. 

No terreno estão 724 homens, entre os quais 574 bombeiros, apoiados por quase 200 veículos e cinco meios aéreos. 

O incêndio, já considerado o pior deste Verão no Norte do país, deflagrou às 13h47 de terça-feira e estendeu-se a quatro concelhos, entre os quais Mogadouro, deixando um cenário de devastação na Aldeia das Quebradas. 

Várias habitações foram ameaçadas na quarta-feira, o que levou à evacuação de casas em Estevais e à retirada de seis pessoas da povoação de Quinta das Peladinhas, Mogadouro. 

Arderam centenas de hectares de mato, olivais e amendoeiras, gado e anexos de casas. 

Momentos de pânico" durante a madrugada em Torre de Moncorvo 
"Vivemos uma situação muito complicada”, afirma presidente da Junta de Carviçais, José Teixeira. “O incêndio lavrava em várias frentes, tendo chegado mesmo a ameaçar um armazém de produtos para a construção civil e combustíveis, um restaurante e uma unidade de turismo rural", adianta à agência Lusa. 

A aldeia esteve "praticamente cercada pelo fogo", afirma o autarca, reconhecendo que "há bombeiros de várias zonas do país [envolvidos no combate às chamadas] que não conhecem os acessos, o que dificulta a acção no terreno". 

Só depois das 4h00 é que a situação na aldeia de Carviçais ficou "mais controlada", refere o autarca, considerando que “o problema deste incêndio é que foi um ano muito chuvoso e as populações não tiveram cuidadosos com a limpeza das matas e, depois, pagam todos pela mesma medida, o que é uma chatice". 

Cerca das 9h30, a situação estava mais calma, ainda que o vento esteja sempre a mudar de direcção.
Fonte:RR

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