quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

690 mortos nas estradas em 2011, valor mais baixo de há 50 anos

Quase 700 pessoas morreram em acidentes de viação nas estradas portugueses em 2011, menos sete por cento em relação a 2010, um valor só atingido em 1960, segundo o balanço provisório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Desde 1960 que o número de vítimas mortais registado nas estradas portuguesas não era inferior a 700. Contudo, salienta a ASNR, naquela época, o parque automóvel em circulação correspondia a cerca de 212.000 automóveis ligeiros e pesados, contra um valor aproximado de seis milhões de veículos em 2010.

Em 2011 registaram-se 690 mortos, 2.416 feridos graves e 39.215 feridos ligeiros. Em relação a 2010, observou-se uma redução de 51 vítimas mortais (-6,9%), 221 feridos graves (-8,4%) e 4709 feridos leves (-10,7%).

Ao nível dos distritos, Beja, Évora e Viseu foram os que evidenciaram aumentos mais significativos, em termos de vítimas mortais, e, inversamente, os distritos de Aveiro, Lisboa e Porto destacaram-se por apresentarem reduções consideráveis, em comparação com o ano anterior.

Na última década, o número de vítimas mortais e de feridos graves manteve uma tendência decrescente desde 2002, embora menos acentuada nos últimos anos.

No ano passado, registaram-se em média dois mortos e sete feridos graves por dia, enquanto em 2002 a média era de quatros mortos e 13 feridos graves, refere a ASNR.

Entre 2002 e 2011 registou-se uma diminuição de 53% mortos e de 49% feridos graves.

“Estas reduções significam que nos últimos dez anos se pouparam 4.988 vidas e se evitaram 13.437 feridos graves, o que permite concluir que o balanço, embora provisório, é positivo”, afirma a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

As estatísticas da sinistralidade rodoviária baseiam-se em dois instrumentos de notação, que são preenchidos pelas entidades fiscalizadoras (GNR e PSP) quando tomam conhecimento da ocorrência de um acidente: as ANTENAS (apenas contêm informação sobre o número total de acidentes e vítimas registados por distritos) e os Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação (BEAV’s).
Agência Lusa

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