Uma médica que presta serviço na urgência do hospital de Mirandela terá fechado o gabinete de atendimento durante cinco horas, alegadamente para descansar, provocando o caos na urgência com vários utentes, incluindo crianças, a terem de esperar mais de quatro horas para serem atendidos.
Esta situação levou alguns utentes a escrever no livro de reclamações.
O caso aconteceu no dia 30 de Dezembro.
Rui André deslocou-se ao serviço de urgência do hospital de Mirandela e ao fazer a inscrição verificou que havia cerca de uma dezena de pessoas para serem atendidas, incluindo crianças, a maioria com pulseira amarela, cujo limite de tempo de espera é estimado em uma hora.
Três horas depois, poucas pessoas tinham sido atendidas, levando Rui André e outros utentes a pedirem explicações.
“Cheguei à urgência do hospital de Mirandela cerca das 22 horas, fui triado com uma pulseira de cor amarela e havia lá umas 10 pessoas todas com pulseira amarela” conta, acrescentando que “foi-me dito que estavam com um atraso de cerca de duas horas, mas chegou a uma da manhã e eu ainda não tinha sido atendido, nem as pessoas que lá estavam desde as 21H”.
Algum tempo depois, Rui André diz ter tido a informação que apenas um médico estava a prestar serviço, enquanto a outra médica escalada tinha fechado as portas do gabinete, alegadamente para descansar, causando este tempo de espera que se prolongou até às quatro da manhã.
“Por volta da uma da manhã é que alguém me disse que não estávamos a ser atendidos porque uma das médicas de serviço estava dentro da gabinete com a porta fechada, possivelmente a dormir, e que não atendia ninguém desde as 10H30” refere.
Ao que apurámos este já não é o único episódio protagonizado pela médica em causa e que estará mesmo a provocar algum descontentamento nos vários profissionais de saúde que prestam serviço na urgência.
Recorde-se que, desde o início do Verão do ano passado, são médicos de duas empresas privadas que são os responsáveis pela triagem das urgências do hospital de Mirandela, depois do conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste ter dispensado os médicos requisitados ao Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste.
Apesar de várias tentativas, até ao momento ainda não foi possível obter qualquer esclarecimento por parte do conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste sobre este caso.
Escrito por CIR
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1 comentário:
Ser médico de urgências não é fácil e às vezes é preciso descansar.
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