Os presidentes das federações de bombeiros de Coimbra e Viseu, Jaime Soares e Rebelo Marinho, são os dois candidatos já conhecidos à liderança da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), cujas eleições deverão realizar-se em Outubro.
“A minha motivação é natural. Sou um homem dos bombeiros há mais de 48 anos e sempre mantive uma postura interventiva na defesa do associativismo e do voluntariado”, disse hoje Jaime Soares à agência Lusa.
Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, Soares confirmou hoje que irá disputar a presidência da LBP, no dia em que Joaquim Rebelo Marinho apresenta oficialmente a sua candidatura em Viseu, cuja estrutura distrital congénere de bombeiros ele lidera.
O presidente da Federação de Bombeiros de Viseu decidiu “avançar em nome do rigor, da competência, do mérito, da determinação e da coesão” dos bombeiros.
Num ano em que considera que “os bombeiros se preparam para enfrentar tempos muito difíceis”, Rebelo Marinho, antigo presidente do Serviço Nacional de Bombeiros, defende medidas como a criação de “um novo modelo para o transporte de doentes em Portugal”.
Num documento intitulado “Razões para uma candidatura”, divulgado esta tarde à Lusa, também Jaime Soares, presidente da mesa de congressos da Liga dos Bombeiros, promete empenhar-se na “reorganização do sistema de transporte de doentes em ambulância com garantia da sua sustentabilidade”.
A candidatura do autarca-bombeiro, presidente da Câmara Municipal de Poiares, privilegia ainda o “reforço da autonomia do associativismo como sustentáculo do voluntariado” e a “dignificação dos bombeiros e da sua importante missão na sociedade portuguesa, redefinindo o seu estatuto social”.
“Durante muitos anos, mesmo contra o meu próprio partido, o PSD, quando no Governo, sempre contestei tudo aquilo que efectivamente não fosse bom em relação aos bombeiros”, disse.
Jaime Soares salientou que “existem, por isso mesmo, diferenças abismais entre as duas candidaturas”, recordando os percursos diversos que ele e o adversário tiveram no sector.
Rebelo Marinho preconiza igualmente uma aposta “no reforço do voluntariado através de um programa nacional de incentivo”.
Se for eleito para o cargo ocupado por Duarte Caldeira, vai pedir à Assembleia da República que reconheça a Liga como parceiro social e também “exigir a clarificação do papel do Estado relativamente aos bombeiros”.
Para Rebelo Marinho, vogal da direcção da Escola Nacional de Bombeiros, é urgente “reorganizar institucional e operacionalmente o sector” e “repensar o modelo de parcerias entre os bombeiros e as câmaras municipais”.
Fonte: Terras da Beira
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