Assim que ouviu gritos, o agente Paulo Monteiro, de 40 anos, não descansou enquanto não localizou a pessoa que estava encurralada na casa em chamas. Este elemento da PSP de Tavira foi o responsável pelo salvamento de uma mulher, anteontem à noite, num incêndio urbano em Tavira, tal como o CM noticiou ontem. "Ouvi os gritos, mas não encontrava ninguém.
Subi ao telhado e encontrei uma rapariga numa janela atrás de uma grade a gritar, em pânico", descreveu ontem ao CM o agente Paulo Monteiro, que usou uma marreta para arrancar a grade da parede.
O passo seguinte foi entrar na casa de onde saía um intenso e irrespirável fumo negro. "A rapariga já quase não tinha forças para respirar, e como era difícil puxá-la para fora, foi necessário entrar" explicou o polícia, que foi avisado pelo enfermeiro do INEM de que era muito arriscado. Mas não hesitou. "Ou entrava na casa ou a mulher morria", recorda Paulo Monteiro, que já viveu uma situação semelhante em que foram salvas duas pessoas, também num fogo urbano.
Apesar do fumo denso, o agente entrou pela janela e retirou a mulher. "Mal se conseguia respirar, mas consegui levantar a vítima para ela sair pela janela. O enfermeiro colocou-lhe uma máscara de oxigénio, porque ela quase não respirava", recorda.
A vítima foi retirada pelos Bombeiros de Tavira pelo telhado e transportada ao Hospital de Faro, de onde já teve alta. O incêndio, tal como o CM noticiou, teve origem numa vela acesa na sala. A mulher preparava-se para mudar de casa no dia seguinte. As malas já arrumadas arderam por completo.
Fonte: CM
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