Apesar de ainda continuarem a afectar mais pessoas nas zonas rurais do norte do país, os Acidentes Vasculares Cerebrais têm diminuído nos últimos dez anos.A conclusão é de um estudo apresentado em Macedo de Cavaleiros.
O acidente vascular cerebral (AVC) continua a ser a principal causa de morte em Portugal e tem uma elevada incidência na Região Norte. Vários doentes sobrevivem a um AVC e apresentam sequelas e limitações para o resto da vida. No mundo rural, há dez anos existiam três casos de AVC por cada mil pessoas, actualmente verifica-se uma diminuição para dois casos em cada mil habitantes.
A conclusão é de um estudo, ainda preliminar, do director de Serviço de Neurologia do Hospital de Santo António do Porto.“Passados 10 anos fizemos outro estudo para fazer a mesma medição. Ainda não temos dados definitivos porque o registo dos doentes só acabou em Outubro mas aquilo que se verifica é que a incidência do AVC diminuiu apesar de ainda se encontrar mais elevado do que em alguns países da Europa” refere Manuel Correia.Outro facto encontrado nesta investigação é que o AVC atinge pessoas de idade mais avançada. Enquanto há dez anos a idade média rondava os 70 anos agora passou para os 80.
Manuel Correia diz que os doentes ao longo da última década aprenderam a controlar os principais agentes causadores de Acidentes Vasculares Cerebrais, como a hipertensão, o colesterol e a diabetes.“Os doentes que teriam AVC’s aos 70 anos passaram a ter mais tarde e isso provavelmente tem a ver com o melhor controlo da hipertensão arterial, do colesterol e outros cuidados de saúde” afirma, acrescentando que “a zona rural está a ficar com um padrão de incidência semelhante à zona urbana”.
Um estudo apresentado no decorrer do VII Encontro Trasmontano de Unidades de AVC na passada sexta-feira em Macedo de Cavaleiros.
Escrito por CIR
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