“Se se morre de amor? Não, não se morre”, já diria Gonçalves Dias. Mas uma notícia ruim ou uma desilusão amorosa podem provocar uma emoção tão forte capaz de levar a uma condição semelhante à de um ataque cardíaco, sem risco de morte, conhecida por síndrome do coração partido. Estudo mostra que a condição afecta mais pessoas do que o esperado, na grande maioria, as mulheres.
O estudo, realizado por Abhishek Deshmukh, da Universidade de Arkansas, nos EUA, foi feito com base em uma pesquisa norte-americana, que reuniu dados de mil hospitais diferentes por todo o país. Segundo ele, dos quase 6,3 mil casos da doença diagnosticados nas diversas regiões do país durante o ano de 2007, 89% eram mulheres.
Após determinar factores de risco nos pacientes que sofreram da doença – tensão, hábitos tabágicos e sedentarismo –, o pesquisador descobriu que as mulheres pareciam sofrer 7,5 vezes mais que os homens da síndrome do coração partido. Em pessoas com menos de 55 anos, o risco entre as mulheres sobe para 9,5 em comparação aos homens.
Curiosamente, a probabilidade de ser acometido pela síndrome é ainda maior durante o verão – ao contrário da maioria dos ataques de coração, que, geralmente, acontecem no período do inverno.
“Uma possibilidade é que as hormonas sejam responsáveis por essa predominância entre as mulheres, desempenhando um papel na síndrome. Outra, é que os homens têm maisreceptores de adrenalina sobre as células em seus corações do que as mulheres e, talvez por isso, os homens sejam capazes de lidar melhor com o stress.”
A pesquisa também mostra que cerca de 10% das pessoas afectadas têm um segundo episódio da síndrome em algum momento das suas vidas, mas sem danos cardíacos permanentes ou necessidade de acompanhamento. Parece que o tempo é a melhor forma de consertar um “coração partido”.
-com informações de University of Arkansa
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