O IP4 está a ser transformado em auto-estrada entre Vila Real e Bragança e a sofrer obras de melhoria entre Amarante e Vila Real. Os trabalhos decorrem no âmbito da construção das auto-estradas do Marão e Transmontana.
Só que, em simultâneo estão a decorrer várias intervenções ao longo de todo o traçado as quais estão a originar congestionamento de tráfego e várias criticas por parte dos automobilistas.
O presidente da Associação de Utilizadores do IP4, Luís Bastos, fala em “tempos de alguma confusão” e em “alguma falta de adaptação dos próprios utilizadores em relação a todas estas mudanças”.
O director geral da concessionária “Auto-estradas XXI”, Rodrigues de Castro, disse hoje à Agência Lusa que, neste momento, está a ser feito um grande esforço” porque até meados de Agosto serão reabertos vários troços, nomeadamente a sul de Bragança, zona de Lamares-Justes, nó da Amendoeira e grande parte do actual IP4 entre Amarante e Vila Real nascente.
“Efectivamente os utentes estão a ser sacrificados porque, devido às condições atmosféricas do inverno, não foi possível fazer grande parte dos trabalhos”, salientou. Por isso, justificou, esta “concentração de trabalhos”.
“Em meados de Agosto vamos concluir uma série de trabalhos e aliviar esta perturbações que infelizmente estamos a introduzir aos utentes que utilizam o IP4”, acrescentou.
Luís Ramos, deputado do PSD eleito pelo distrito de Vila Real, disse hoje que vai questionar o secretário de Estado das Obras Públicas sobre o programa de obras que estão a decorrer no IP4.
Até porque, acrescentou, aproxima-se o mês de Agosto, com a chegada dos emigrantes e uma duplicação de tráfego e algo “tem que ser feito para evitar que a situação se agrave em termos de circulação e de sinistralidade”.
Luís Bastos disse ainda que o IP4 neste momento não tem “condições homogéneas de circulação em toda a sua extensão e isso eventualmente também poderá estar a contribuir para os acontecimentos dos últimos tempos”.
O responsável referia-se ao acidente que, no sábado, vitimou quatro pessoas naquela via, junto a Alijó.
O sinistro ocorreu numa zona sem obras e poderá estar relacionado com excesso de velocidade, mas Luís Bastos salientou as condições da via, como por exemplo do piso que diz que se tem degradado com o aumento do tráfego de pesados de mercadorias.
Desde Janeiro e até agora, ocorreram no IP4, na área correspondente aos distritos de Vila Real e Bragança, 131 acidentes que provocaram oito vítimas mortais, quatro feridos graves e 44 ligeiros. Não foi possível recolher dados relativos ao distrito do Porto.
Em 2010, em Bragança e Vila Real, as autoridades contabilizaram 225 acidentes, com 11 mortos, 20 feridos graves e 98 leves.
Fonte: Destak
1 comentário:
Em suma, nos Países civilizados, não se invadem vias construídas para destruir e reconstruir, mas em Portugal é mesmo assim, destruir vias existentes, para se dizer que há uma auto-estrada nova, que vamos ter que pagar, porque nos tiraram o IP4. Não obstante, muitos têm que pagar com a vida esta obra misera de engenharia TUGA... que se fiquem com os NÚMEROS BRUTAIS DE MORTOS EM ACIDENTES, motivados por condutores imprudentes, mas também pelas obras e por uma sinalização imprópria... Ando fartinho de demagogos como o Sr. director geral da concessionária “Auto-estradas XXI" que bem pode assobiar para o lado, mas que não pode fugir ao número de mortos provados em 3 acidentes... coincidência ou não, é uma realidade... curiosamente até uma carrinha desta concessionária já teve um acidente grave na EN15, a alternativa porca que nos deixaram...
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