Comandante Nacional de Operações diz que as pessoas estão mais atentas e respeitam voluntariamente os conselhos. Já o advogado Luis Fábrica sublinha a necessidade de repensar a forma de tratar esses casos para sancionar quem se coloca em risco.
O Comandante Nacional de Operações acredita que a grande maioria das pessoas dá ouvidos aos conselhos da Protecção Civil e que nesta última semana, foi esse respeito pelos alertas que evitou males maiores. Em declarações ao programa “Em Nome da Lei”, o Comandante José Manuel Moura esclarece que nos casos mais recentes, derby lisboeta incluído, ninguém estava obrigado a nada.
“Estamos em crer, depois da avaliação que fizemos ‘à posteriori’, que esta decisão também concorreu para hoje estejamos aqui a registar uma vítima grave e quatro ou cinco vítimas ligeiras, estou convencido que também concorreu este acolhimento por parte da população”, sublinha José Manuel Moura.
“Sendo certo que foi um aconselhamento e não foi mais do que isso”, diz. “Houve pessoas que entenderam sair de carro, outras foram para a praia. Não tínhamos autoridade para proibir ninguém, não estávamos em estado de sítio. Foi um aconselhamento”, recorda.
Seja como for, em altura de alertas da Protecção Civil, há portugueses que se colocam em situação de risco. Para o advogado Luis Fábrica é preciso repensar a forma de tratar esses casos para sancionar os infractores.
“Numa situação dessas se calhar deveríamos pensar se não deveríamos ser mais incisivos na actuação, porque a liberdade de uns termina quando começar a causar prejuízos para os outros”, argumenta Luís Fábrica.
O advogado e professor da Universidade Católica sublinha que o facto de “uma pessoa que se colocar em situação de risco vai potencialmente causar situações de risco às pessoas que vão tentar salvá-la”. Gasta-se dinheiro e utilizam-se “meios que deviam ser utilizados de outra maneira. Portanto, se o civismo não chega, há que recorrer a outros métodos que expliquem às pessoas que a sua liberdade ali não existe”.
Até onde vai a autoridade da Protecção Civil é o tema do debate para ouvir no programa “Em Nome da Lei”, que é transmitido a partir das 12h00, na Renascença. A condução do debate desta edição é feita pelo jornalista Celso Paiva.
fonte:RR
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