quarta-feira, 24 de junho de 2009

Trás-os-Montes é a região onde mais ardeu este ano

Vila Real e Bragança são os distritos do país com mais área ardida este ano.
De acordo com um relatório da Autoridade Florestal Nacional, em Vila Real arderam 4373 hectares nos primeiros seis meses de 2009, enquanto em Bragança registaram-se 2946 hectares de área ardida.

Segundo Melo Gomes, comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Bragança, houve mais incêndios do que no mesmo período de 2008.
“Relativamente ao ano passado tivemos, até 15 de Maio, mais 15 ocorrências. O mês de Março foi o mais complicado em termos de ocorrências. Mas desde que entrámos na fase Bravo (15 de Maio), até agora tivemos 37 incêndios, com 91 hectares”, ardidos, revelou Melo Gomes. No entanto, até Maio, a área ardida foi bastante superior: “sensivelmente 2900 hectares”.
Um fenómeno que o comandante Melo Gomes explica pelas condições meteorológicas atípicas.
“Temperaturas muito altas, ventos muito fortes, humidade muito baixa por não ter havido pluviosidade”, explicou. Por isso, “toda esta conjugação de factores está feita para que haja incêndios a lavrar com muita intensidade e a consumir áreas muito rapidamente”.
O incêndio de Tuizelo, em Vinhais, que consumiu 830 hectares, foi mesmo o maior do país até ao momento. Segundo o mesmo relatório, divulgado esta segunda-feira, este incêndio ficou a dever-se a uma queimada para regeneração de pasto e acabou por consumir sobretudo pinhal e souto.
Para evitar que casos como este se repitam, Melo Gomes diz que a Protecção Civil tem tudo preparado para enfrentar a época de incêndios que se avizinha.
“É impossível fazermos previsões mas temos montado todo o dispositivo, à semelhança dos outros anos, para um ataque rápido e musculado, e assim poderemos ter uma fase Charlie que nos dá algumas garantias com os meios que temos.” No entanto, adverte para a dificuldade no caso “de haver estas três condições climatéricas, independentemente dos meios”.
Os números concretos do dispositivo a ser colocado no terreno só deverão ser revelados no dia 1 de Julho, pelo próprio ministro da Administração Interna, Rui Pereira, numa cerimónia pública.
Escrito por Brigantia

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