A chefia do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR enviou ao comando-geral um relatório a denunciar a utilização ilegal de contrafogo por corporações de bombeiros do distrito de Viseu, que colocou “em risco a vida dos militares da guarda e de bombeiros”, refere o Diário de Notícias.
O relatório enviado ao comando-geral da GNR denunciava a utilização ilegal do contrafogo por corporações de bombeiros de Viseu, nomeadamente no que diz respeito ao incêndio de Vouzela, em que ficaram feridas duas pessoas e uma acabou por falecer.
Neste documento é dada a informação ao Comando-geral da GNR de que “existem no distrito diversos relatos, de militares e civis, da utilização não autorizada de fogo de supressão”. E é feita a referência ao incêndio de Vouzela, como uma situação em que foi feito um contrafogo, sem autorização, que “colocou em perigo a vida de muitos militares da GNR”.
Segundo o documento, a que a DN teve acesso, o oficial da ligação da GNR junto ao Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, tinha alertado para essa questão, mas no início do mês, o CDOS foi informado de que estaria a ser feito uso de fogo de supressão sem cumprir a legislação.
Na origem deste relatório estão as declarações do presidente da Federação de Bombeiros de Viseu , que no aniversário dos Bombeiros de Tondela, no passado dia 16 de Setembro, críticou a GNR por ter questionado os bombeiros sobre a questão dos contrafogos.
“Quem intimida os bombeiros e os comandantes desta maneira deve ser punido exemplarmente”, declarou, então, Joaquim Rebelo Marinho.
O Comando-Geral, após ter sido contactado pelo DN, confirmou a existência deste relatório, adiantando “que está a ser analisado internamente”.
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