domingo, 15 de setembro de 2013

Bombeiros de Bragança vão ter equipamento de protecção individual

As corporações de bombeiros do distrito de Bragança deverão ter "em breve" equipamento para "protecção individual de quem combate as chamas", disse hoje o presidente da federação distrital, em declarações feitas à margem das cerimónias fúnebres do bombeiro Daniel Falcão.

Diamantino Lopes juntou-se a cerca de um milhar de pessoas que assistiram ao funeral do jovem bombeiro, que se realizou na sua aldeia natal, no concelho de Miranda do Douro, e no qual participou igualmente o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

"O equipamento deverá ser entregue em breve", disse o presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Bragança, sublinhando que este equipamento "marcará a diferença na protecção individual de quem combate as chamas", afirmou.

"Houve já uma candidatura efectuada através das comunidades intermunicipais que representa a região transmontana para a sua aquisição, o que não acarretará despesa para os corpos de bombeiros", frisou Diamantino Lopes.

Daniel Falcão, 25 anos, pertencia à corporação de Miranda do Douro, tendo sido enterrado cerca de um mês após o incêndio de Cicouro, que acabaria, também, por vitimar António Ferreira, 45 anos, do mesmo corpo de bombeiros.

O operacional acabou por morrer ao início da noite da passada sexta-feira por falência multi-orgânica, elevando para oito o número de bombeiros que morreram na sequência do combate aos incêndios florestais este ano.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro iniciou um peditório para repor a viatura perdida no combate às chamas, na qual seguiam os dois bombeiros que morreram e outros três elementos da corporação.

"A viatura tem de ser substituída já que o seguro não cobre a sua reposição", disse o comandante da corporação, Luís Martins, sublinhando que os custos rondam os 150 a 160 mil euros e que a Autoridade Nacional de Protecção Civil só cobre 25 por cento desse valor.
Luís Martins sublinhou a "despedida comovente" a Daniel Falcão, "um bombeiro que estava sempre disponível".

"Foi ele que reparou a viatura que ficou destruída no incêndio. Fico para sempre com a imagem de um homem que não era preciso mandar-lhe alguma coisa. Ele fazia", enfatizou o comandante.
"O Daniel estava sempre na primeira linha de combate aos incêndios e fazia parte do quadro da associação há cerca de três anos e meio. Era um dos bombeiros mais experientes", disse.
LUSA/SOL

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