Numa carta enviada àquelas autoridades, a Asprocivil considera que os incêndios florestais “não são um desígnio”, mas antes "potenciados e até permitidos" pelo desinvestimento feito nos últimos anos.
A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (Asprocivil) pediu audiências ao ministro da Administração Interna, aos grupos parlamentares e ao presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil para debater os fogos florestais.
Numa carta enviada àquelas autoridades, a Asprocivil considera que os incêndios florestais “não são um desígnio”, mas antes "potenciados e até permitidos" pelo desinvestimento feito nos últimos anos no setor, com a consequente diminuição de meios e pela ineficácia ou inexistência das medidas de prevenção.
Para a Asprocivil, a prevenção de incêndios passa sobretudo pela responsabilização dos proprietários, das associações de proprietários, das câmaras municipais, das concessionárias de estradas e autoestradas e até do próprio Estado “que não efetuam a limpeza das suas matas”.
“A prevenção não se faz quando se aproxima a época de fogos, nem com meia dúzia de painéis e/ou anúncios, a prevenção faz-se com um Programa Nacional de Informação permanente durante todo o ano, que vise atitudes, comportamentos e medidas de prevenção dirigidas aos cidadãos”, lê-se na carta.
A falta de planeamento urbanístico, de planeamento de emergência municipal, de aceiros e de pontos de água, incluindo para meios aéreos, e de controlo de acessos a zonas florestais, além da “inexistência dos comandantes operacionais municipais nos termos da lei” são, para a associação, outros fatores potenciadores de fogos.
A estes fatores acresce a “falta de técnicos especializados” e a entrega dos Serviços Municipais de Proteção Civil a ´técnicos` completamente estranhos ao setor da proteção civil” assim como a "difícil situação" que os corpos de bombeiros têm vindo a registar todos os anos com a diminuição do número de efetivos.
jornali
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