1. O que é o Transtorno de Preferência Sexual ?
O Transtorno de Preferência Sexual (TPS), anteriormente conhecido como parafilia, é um trantorno caracterizado por preferências sexuais tidas como não “normais”. A sexualidade “normal” é simplesmente aquela onde há desejo por pessoas adultas, vivas e que vise o prazer ou reprodução.
Há transtorno quando o objeto de desejo – o parceiro – é alguém que não é adulto (pedofilia), por alguém que não está vivo (necrofilia) ou por animais (zoofilia).
Se a finalidade do ato sexual também não visa o prazer em primeiro lugar – busca-se a dor, a humilhação, o constrangimento, o estresse ou desconforto em linhas gerais – a TPS também está presente.
É bom lembrar que, para que essas práticas sejam definidas como Transtorno de Preferência Sexual, é preciso que os episódios sejam recorrentes e que o indivíduo não consiga expressar sua sexualidade de outra maneira. Nesses casos há dificuldade de estabelecer relacionamentos normais, ou seja, o indivíduo é refém da situação.
Episódios esporádicos não são considerados um transtorno de sexualidade, mas podem ocorrer devido a diversos outros motivos, incluindo outros tipos de transtornos mentais como ansiedade, depressão e outros.
2. Por quais razões a Transtorno de Preferência Sexual se desenvolve?
Até algum tempo atrás o TPS era visto como resultado de traumas, abusos ou episódios negativos na infância. Uma das teorias mais recentes aponta que é possível que indivíduos com TPS tenham alterações nas estruturas cerebrais e que isso independeria dos fatores ambientais.
A hipótese mais aceita atualmente indica que o TPS se desenvolve mais proenimentemente em pessoas com alterações nos neurotransmissores de serotonina no cérebro.
3. Como sei identificar se alguém está com este problema?
Esse tipo de transtorno vai se manifestar especialmente na juventude, onde há grandes alterações no cérebro devido ao crescimento. Os indivíduos com esse tipo de desejo fora do comum normalmente se isolam mais, falam pouco sobre sexo e acabam procurando profissões muito específicas para poder dar desdobramento aos seus desejos.
O isolamento é ainda mais comum naqueles com algum tipo de desejo fetichista (ligado à objetos e situações específicas). Outros podem ter problemas com a lei, pois seus objetos de desejo são mais explícitos e eles acabam sendo percebidos socialmente.
4. A Transtorno de Preferência Sexual tem tratamento?
Sim, mas na maioria dos casos depende do próprio indivíduo aceitar seu problema e procurar ajuda. O tratamento é feito com acompanhamento psicoterápico e precisa ser constante, já que há apenas o controle e não a reversão do TPS.
Além disso, o tratamento farmacológico também é feito paralelamente. Essa é outra dificuldade, pois depende da adesão do paciente.
5. A quem devo pedir ajuda/auxílio?
A um profissional de saúde mental – particular ou então em diversos CAPs e centros de atendimento mantidos por faculdades e universidade público e privadas – que poderá indicar também um psiquiatra para o acompanhamento farmacológico. Em São Paulo há ainda o Projeto de Sexualidade (ProSex), mantido pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: O que eu tenho
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