sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Chamas ameaçaram destruir maior exploração de coelhos da região

O empresário responsável por uma das maiores explorações de cunicultura da região, situada, em Frechas, no concelho de Mirandela, não poupa críticas ao comando dos bombeiros de Mirandela, depois de um incêndio ter ameaçado destruir aquela unidade que representa um investimento de cerca de um milhão de euros.

José Carlos Teixeira diz ter alertado atempadamente o comandante da corporação para o perigo das chamas chegarem ao local, mas não foi ouvido e o incêndio acabou por ainda causar alguns prejuízos ao empresário.

O incêndio já aconteceu no passsado dia 12 de julho. As chamas deflagraram a cerca de três quilómetros da exploração de cunicultura (Cunifreche), mas José Carlos Teixeira revela que, tendo em conta o vento que se fazia sentir, deu o sinal de alerta para a necessidade de acautelar aquela exploração onde se encontravam mais de nove mil coelhos, naquela altura.

O empresário diz que o comandante dos bombeiros de Mirandela não lhe deu ouvidos. “Fiz-lhe ver que devia ter o bom senso de ponderar a vinda de vários meios para junto da minha exploração e de outras vizinhas, porque a prioridade deve ser de salvaguardar pessoas e bens, já que os bombeiros andavam a apagar silvas que já tinham ardido, mas só vieram depois de muita insistência”, diz.

José Carlos Teixeira acusa o comando de falta de coordenação no combate às chamas. “Quando solicitei a presença dos bombeiros junto da exploração, foi-me transmitido que o comandante tinha de comunicar com o centro de operações do distrito. Achei ridículo, dado que se o comandante está no local tem de ser ele a avaliar a situação e os meios que são necessários”, conta o jovem empresário que não se contém nas críticas ao líder daquela corporação. “Entrega-se um jipe e um telemóvel a uma pessoa que não tem formação para exercer as funções porque ainda está muito verde nestas questões”, conclui.

Chegou mesmo a arder uma das paredes de uma estrutura da exploração, ficou danificada uma retroescavadora e algumas oliveiras foram dizimadas. Mesmo assim, acabou por ser um mal menor dado que podia ter ido por água abaixo um investimento que ronda um milhão de euros.

Confrontado com as críticas, o comandante dos bombeiros de Mirandela não quis prestar declarações gravadas. Edgar Trigo limitou-se a dizer que, em seu entender, não houve qualquer falta de coordenação no combate ao referido incêndio.
fonte:MDB

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