quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Bragança alerta população para ameaça da falta de água

A Câmara de Bragança está a distribuir panfletos à população a apelar à poupança de água e a alertar para a possibilidade de a cidade ter de recorrer novamente a camiões cisterna para garantir o abastecimento.
Num panfleto colocado nas caixas de correio, o município enfatiza que "apesar de ter chovido muito no inverno", os rios e a única barragem que abastece os cerca de 30 mil habitantes, a da Serra Serrada, estão com níveis "muito baixos".

A barragem ainda tem reservas para mais de três meses - 100 dias - segundo a própria autarquia, que antecipa, no entanto que "caso não ocorra precipitação e os consumos actuais se mantiverem, será necessário recorrer ao transporte de água em camiões cisternas", como aconteceu nos anos de 2005, 2007 e 2011.

A construção da segunda barragem, a de Veiguinhas, para reforçar o armazenamento já começou, mas só estará pronta em Outubro do próximo ano, "pelo que o abastecimento público de água a Bragança não está garantido até essa data", lê-se no desdobrável.

O documento, que chama a atenção dos destinatários com um "Urgente" na capa, apela aos munícipes para que poupem água e dá orientações nesse sentido.

"É urgente poupar água, pois só teremos água para mais 100 dias", lê-se no desdobrável distribuído numa altura em que os consumos aumentam, nomeadamente com a presença dos emigrantes, que escolhem o verão para visitar a terra natal.

O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, já tinha alertado publicamente que a ameaça da falta de água para abastecimento à população permanece, apesar de ter tido início a construção da polémica barrarem de Veiguinhas.

A obra começou em Julho, passados mais de 30 anos do início do projecto para o abastecimento de água a Bragança através do Alto Sabor.

De todo o sistema falta apenas concluir a segunda barragem, que foi objecto de sucessivos chumbos ambientais por se localizar no Parque Natural de Montesinho, até obter luz verde do Governo, há pouco mais de um ano.
Lusa/SOL

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