domingo, 25 de agosto de 2013

PJ deteve mais três suspeitos de fogo posto durante a noite

A PJ deteve, na última noite, três suspeitos de fogo posto, em Mangualde e Lamego, elevando para 38 o total de detidos, este ano, por crimes de incêndio florestal.

Dois homens foram detidos em Mangualde e um em Lamego, na última noite, por suspeita de terem ateado fogos florestais, elevando para 38 o total de detidos este ano por este tipo de crime, anunciou Almeida Rodrigues, diretor nacional da PJ.

Os números das detenções de alegados incendiários foram revelados, esta sexta-feira, após uma reunião com a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, para avaliação do combate e vigilância aos fogos florestais.

Entre os 38 detidos este ano por crimes de incêndio florestal há alguns reincidentes, sublinhou o diretor nacional da PJ, acrescentando que nas próximas horas deverá haver mais detenções.

Almeida Rodrigues não quis fazer comparações do número de detenções com igual período do ano passado, uma vez que, em 2012, os fogos começaram mais cedo, justificou. Comparações homólogas só em outubro, disse.

Em comunicado, a PJ esclareceu que um dos homens detido em Mangualde, de 44 anos, é solteiro, agricultor e "agindo num quadro impulsivo e de atração pelo fogo, na madrugada do dia 13 de agosto, com um isqueiro, ateou um incêndio numa densa zona florestal povoada de mato, pinheiros e eucaliptos, junto ao 'estradão' que liga as aldeias de Almeidinha e Casal de Cima, atingindo também povoamento de carvalhos e zona agrícola, causando uma área ardida de cerca de 70 hectares e significativos prejuízos patrimoniais e ambientais".

O outro detido em Mangualde tem 23 anos, é solteiro e militar. "Na madrugada do dia 18 de agosto atirou uma beata de um cigarro, ainda incandescente, para um pinhal situado entre as localidades de Carvalhas e Outeiro de Espinho, também no concelho de Mangualde, contíguo a uma zona florestal povoada com mato e pinheiros, causando um fogo que consumiu cerca de 100 m2", lê-se no comunicado da PJ.

O detido em Lamego, de 51 anos e desempregado, é suspeito de ter ateado um incêndio no lugar de Caldelas, São Gião, no concelho de Penajóia, que consumiu, na quarta-feira, cerca de 1,36 hectares de floresta, nomeadamente mato, carvalhos e sobreiros, além de árvores de fruto integradas em zona agrícola.

Na reunião, que decorreu no Ministério da Administração Interna, em Lisboa, também participou Newton Parreira, comandante geral da GNR, que aos jornalistas garantiu que não há falta de meios no terreno no âmbito das operações de combate aos fogos: estão mobilizados 2000 efetivos da área da proteção da natureza.

Uma posição reiterada pelo diretor nacional da PJ, ao declarar que não há que olhar a meios quando o país está a arder.

No entanto, os responsáveis da GNR e PJ congratularam-se com o reforço de 200 efetivos, anunciado pelo ministro Miguel Macedo, na quinta-feira.

Sobre a reunião com Paula Teixeira da Cruz e Miguel Macedo nada foi dito.
fonte:JN

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