Ex-presidente da Liga de Bombeiros mostra-se surpreendido por, num ano com tantos fogos, de tão grande duração e de efeitos tão graves para populações e bombeiros, só o município de Santa Comba Dão tenha accionado o seu plano municipal de emergência.
O ex-presidente da Liga de Bombeiros, Duarte Caldeira, estranha que os planos municipais de emergência não tenham sido accionados em resultado da vaga de incêndios das últimas semanas.
Em declarações à Renascença, Duarte Caldeira mostra-se perplexo por, num ano com tantos fogos, de tão grande duração e de efeitos tão graves para populações e bombeiros, só o município de Santa Comba Dão tenha accionado o seu plano municipal de emergência.
“Não consigo entender a razão que pode ter levado, nos vários concelhos envolvidos em ocorrências de tanta gravidade e que duraram alguns dias em condições muito difíceis e complexas no que se refere à salvaguarda de vidas e bens, que as câmaras municipais tivessem omitido, deixando de cumprir uma função fundamental que têm. É de facto uma das perplexidades para as quais espero encontrar uma resposta em tempo útil, mas talvez seja importante que alguém pergunte porquê.”
Duarte Caldeira, antigo presidente da Escola Nacional de Bombeiros e profundo conhecedor de todas as variáveis relativas aos fogos, explica que os planos existem precisamente para que os municípios possam ajudar no combate.
“É um instrumento de gestão e coordenação das acções de prevenção, socorro e reabilitação de todas as ocorrências, acidentes graves, catástrofes ou calamidades que ocorrem na área de um município. Aquilo que o plano municipal de emergência permite é a mobilização, a agilização que permite disponibilização de meios, nomeadamente a logística das operações de combate”, explica Duarte Caldeira.
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