Cerca de 65% de toda a área ardida no incêndio florestal de Picões, que lavrou entre 8 e 12 de julho, nos concelhos de Alfândega da Fé, Moncorvo e Mogadouro, corresponde a Áreas Classificadas dos rios Sabor/ Maçãs e Douro Internacional, segundo o relatório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a cujas conclusões o Jornal de Notícias teve acesso.
O ICNF concluiu que este fogo "constitui o maior de sempre na região do Alto Douro". Causou cerca de 4 milhões de euros em prejuízos. Os espaços afetados pelo incêndio são, sobretudo, floresta (81%), e dois terços da área afetada são matos e pastagens. Os povoamentos florestais com mais danos são as áreas de eucalipto ( 47% ) e resinosas (36% ). As culturas agrícolas, como olivais e amendoais, representam 18% da área ardida.
Também a EDP já concluiu o relatório preliminar, pois a maior parte da área ardida insere-se nos concelhos de abrangência da Barragem do Baixo Sabor. Foram afetadas plantações já efetuadas, caixas abrigo para morcegos e câmaras para monitorização dos lobos. "Estas afetações em termos de montantes monetários não têm expressão demasiadamente significativa", referiu fonte oficial da EDP. Não houve prejuízos nas centrais e obras complementares do empreendimento.
Todavia, arderam 1000 hectares na zona que será a futura albufeira da barragem. Zona onde se irão iniciar os trabalhos de desmatação e desarborização, para início do enchimento da albufeira. A EDP vai maximizar as medidas de compensação em implementação nas Zonas de Proteção de Património Natural de Parada, Valverde, Souto da Velha e Quebradas, afetadas pelo fogo.
Sem comentários:
Enviar um comentário