A poluição causada pelos incêndios florestais apresenta riscos para a saúde, mas a Agência Portuguesa do Ambiente garante que é feito um acompanhamento diário da qualidade do ar e divulgada informação acerca da presença de poluentes, por região.
Em resposta a questões da agência Lusa, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) refere que "os dados de qualidade do ar são medidos nas estações das redes de monitorização e disponibilizados ao público através da base de dados on-line sobre qualidade do ar", no seu site.
Os incêndios florestais levam à emissão de partículas que "podem ter como consequência a degradação da qualidade do ar", afetando principalmente crianças, idosos ou doentes asmáticos, com irritação dos olhos e do trato respiratório, dores de cabeça, tonturas e náuseas.
A APA salienta que é "efetuado um acompanhamento diário e em tempo quase real dos níveis medidos, nomeadamente pelas entidades intervenientes na gestão da qualidade do ar", ou seja, a APA, Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e Direções Regionais do Ambiente (DRA).
A observação dos níveis medidos nas estações de qualidade do ar permite "verificar alterações nas concentrações de poluentes que parecem refletir a influência das emissões provenientes dos incêndios em algumas áreas".
Com base nos dados obtidos, a APA disponibiliza diariamente um índice da qualidade ar, "uma classificação simples e compreensível", traduzida numa "escala de cores que representa a pior classificação obtida para os poluentes medidos".
São igualmente divulgados conselhos a adoptar para proteger a saúde, no site da APA ou da Direção Geral de Saúde, incluindo recomendações de redução da atividade física intensa no exterior, de evitar outros fatores de risco, tais como fumar ou utilizar produtos irritantes, como gasolina, tintas e vernizes.
Na quinta-feira, o professor do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Francisco Ferreira, disse à agência Lusa que os incêndios florestais dos últimos dias e as condições climáticas levaram a elevadas concentrações de poluentes no ar, excedendo os limites, realçando a necessidade de "acompanhar a situação".
Para o investigador, "um dos aspetos importantes era, quer na ocorrência de fogos florestais, quer na situação de hoje [quinta-feira, com temperaturas elevadas], ter uma previsão que permitisse comunicar às pessoas antecipadamente os cuidados a tomar".
A APA, porém, suspendeu a 01 de junho a divulgação da previsão da qualidade do ar, uma informação que permite acautelar efeitos da poluição.
Fonte:JN
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